Professoras finalistas do Prêmio Jabuti de Literatura


29 de setembro de 2010


O livro Medicina laboratorial para o clínico, escrito pelas professoras Elza Erichsen, Luciana de Gouvêa, Rosa Malena e Silvana Santos, do Departamento de Propedêutica Complementar da Faculdade de Medicina da UFMG (PRO), está entre os dez finalistas do Prêmio Jabuti. A obra concorre na categoria Ciências Naturais e Ciências da Saúde.

De acordo com a professora Silvana Santos, a proposta do livro nasceu há muitos anos, quando professores envolvidos na disciplina Laboratório Clínico, hoje chamada Patologia Clínica, detectaram a deficiência de um material neste formato.

“Vários docentes contribuíram para este livro, semearam as ideias que vieram a ser finalizadas e organizadas pelo nosso grupo. Este processo foi muito bom, já que nos deu tempo para elaborar um material pensado, amadurecido, em conformidade com a proposta de ensino da Medicina que acreditamos que deve ser passada aos nossos alunos”, pondera Silvana.

A coautora Luciana de Gouvêa afirma que o livro preenche uma lacuna da literatura nacional, por sua abordagem inédita acerca do papel dos laboratórios na Medicina. “Há uma visão hipertrofiada sobre os exames laboratoriais e, até então, esta área era sempre apresentada de maneira técnica. O livro conta com exemplos práticos de como conduzir a avaliação clínica e pedir exames de maneira pertinente”, explica.

Para Rosa Malena, assinalar a importância do uso racional do laboratório é, também, preparar os futuros médicos para oferecer um atendimento melhor e mais condizente com a realidade social brasileira.

“É preciso perceber que o laboratório tem seu papel, mas ele não pode ser o ator principal no diagnóstico. Quanto maior a competência clínica, menos o médico utiliza o laboratório. Estabelecer uma comunicação e interagir com o paciente aumenta a qualidade do atendimento oferecido, gastando-se menos. E, no nosso país, é preciso pensar no custo, para cuidar da saúde, também”, alerta Rosa.

O Prêmio Jabuti de Literatura
Mais tradicional prêmio literário do Brasil, o Jabuti premia, anualmente, os melhores livros nacionais em 21 categorias, desde 1958. A estatueta de melhor livro do ano já foi entregue a diversas referências literárias do país, como Jorge Amado, Clarice Lispector, Cecília Meireles, Érico Veríssimo, Vinícius de Moraes e Chico Buarque de Holanda.

“É um prestígio muito grande, para nós, estar entre os finalistas, deste prêmio”, comenta a professora Rosa Malena. “Ter o livro indicado ao Jabuti já é um reconhecimento do valor da nossa proposta”, comemora.

As professoras contam que a indicação foi uma surpresa, já que nenhuma delas sabia que o livro estava participando do concurso. “A nossa editora inscreveu o livro e só fomos avisadas quando já estávamos entre os dez finalistas. Foi uma surpresa e uma alegria muito grande”, revela a professora Luciana Gouvêa.