Projeto Manuelzão participa do #JaneiroMarrom

Mobilização busca ampliar discussões sobre mineração no mês de aniversário do rompimento da barragem em Brumadinho.


23 de janeiro de 2020 - , , , ,


Minas Gerais foi palco de três tragédias com perda humana e grave dano ambiental envolvendo barragens de mineração nos últimos seis anos: em Itabirito (envolvendo a Herculano Mineração, em 2014), Mariana (Samarco, em 2015) e em Brumadinho (Vale, em 2019). Ciente disso, o Projeto Manuelzão participa da campanha Janeiro Marrom, em memória das pessoas falecidas e com objetivo de discutir a respeito dos impactos da mineração.

Existem várias razões por trás da campanha, que é realizada por cerca de 50 organizações e movimentos sociais. Além de denunciar os impactos decorrentes de formas destrutivas de mineração, “é necessário honrar a memória das pessoas que morreram em virtude dos acidentes e exigir a devida reparação ambiental e social”, explica Marcus Vinícius Polignano, professor do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG e coordenador do Projeto Manuelzão.

No dia 25 de janeiro, o rompimento da barragem da Mina do Feijão, da mineradora Vale, completará um ano. A data será marcada por uma reunião em Brumadinho, parte da campanha do Janeiro Marrom. “Será um encontro de vários segmentos da sociedade para demarcar uma visão sobre esse ato criminoso que marcou a história de Minas Gerais”, explica Polignano.

Saiba mais sobre o evento no site da campanha.

Projeto Manuelzão

Criado em janeiro de 1997 por iniciativa de professores da Faculdade de Medicina da UFMG, o Projeto Manuelzão se empenha em transpor os muros da universidade e estabelecer um movimento social em prol de melhorias nas condições ambientais e na qualidade de vida da população. Seu foco de atuação é a bacia hidrográfica do rio das Velhas, localizada em Minas Gerais.