Opção é uma coisa só: todas as vezes que você opta, você perde todo o resto
Andy Petroianu não escolheu ser médico. Ele nasceu médico. Para ele, médico nunca foi profissão, é o seu estilo de vida. Que começou em Brăila, cidade do interior da Romênia, antes de se tornar professor titular do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG e o primeiro pesquisador da América Latina a escrever um capítulo do livro Gray’s Anatomy, adotado em todas as faculdades da área no mundo.
Com a Guerra Fria e sua cortina de ferro, expressão usada por Petroianu para definir a divisão da Europa em duas áreas de influência político-econômica distintas, a Oriental e a Ocidental, a família do professor partiu rumo à Áustria, de onde foi expulsa, encontrando o mesmo destino na Itália. Com a possibilidade de decidir seu restabelecimento entre, praticamente, qualquer outro continente, Andy lembra, sorrindo: “África não havia nada atrativo, Austrália naquela época ainda era um lugar de degradados da Inglaterra, Canadá muito frio, então vamos para a América do Sul. Onde que está o melhor clima? Brasil, um país grande. Onde está o melhor clima do Brasil? Belo Horizonte. Então, vamos”!
Hoje, ao buscar o sobrenome Petroianu no site Forebears, em tradução livre Ancestrais, que localiza e estima sua incidência em cada país do globo, encontra-se somente um no Brasil. Com essa bagagem surge a história aqui contada, sob a tutela de que “cada um de nós nasceu para uma coisa e essa coisa é fácil de ser feita, porque a gente nasceu para aquilo”. A primeira delas discute o chamado conflito de gerações e como o tempo molda os interesses das pessoas, fazendo com que muitas delas, principalmente jovens, confundam a velhice e suas consequências com demência e outros quadros de saúde mental.
Texto, produção e apresentação: Lucas Rodrigues
Fotos: Carol Morena
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