Prontuário eletrônico pode ajudar na promoção da saúde
Programa de rádio apresenta nova série “Ética & Tecnologia em Saúde” e fala sobre acesso à informação e armazenamento de dados em saúde, dentre outros assuntos
11 de agosto de 2017
Programa de rádio apresenta nova série “Ética & Tecnologia em Saúde” e fala sobre acesso à informação e armazenamento de dados em saúde
Hoje, há o aumento crescente de indivíduos com acesso à internet e também surgem, cada vez mais, aplicativos que prometem auxiliar no cuidado à saúde. No chamado mundo globalizado, as possibilidades de troca de informações e o armazenamento de dados trazem novas perspectivas, como a criação de um prontuário eletrônico que, mantido em uma linguagem universal, possa ajudar na promoção da saúde dos indivíduos.
“Um prontuário eletrônico, com seus dados básicos de saúde, possibilitaria o acesso em qualquer lugar do mundo, fazendo com que possíveis decisões possam ser tomadas com mais precisão”, afirma Cláudio de Souza, professor do Departamento de Cirurgia e coordenador do Centro de Tecnologia em Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG.
As novas possibilidades de acesso à informação vêm modificando o perfil dos participantes do cuidado à saúde, do médico ao paciente. A troca de informações que antes era linear e vertical passa a ser “debatida” devido ao alto número de informações disponíveis. “O número de informações, hoje, é infinito e é positivo que o paciente procure informações sobre seu problema. Deve haver o diálogo entre o médico e o paciente, principalmente para a orientação desse paciente”, ressalta Cláudio de Souza.
Vazamento de informações
O armazenamento de dados pode, por outro lado, ser problemática, caso haja quebra de sigilo entre médico e paciente. Com exceção de casos permitidos por lei, as informações são pessoais e não podem ser divulgadas sem autorização do indivíduo, mesmo em casos específicos que visem estatísticas de saúde pública. Algumas enfermidades são estigmatizadas e podem causar complicações ao convívio social do paciente.
Segundo Cláudio, as informações relacionadas à saúde de um paciente também não são comerciáveis. Já do ponto de vista estatístico, a informação sobre o número de pessoas acometidas por determinadas doenças é importante para a saúde pública. “Eu não posso nominar as pessoas que internaram. É fundamental a questão das informações de saúde e dos prontuários, mas deve-se ter respeito ao sigilo à confidencialidade e à privacidade das informações”, esclarece o professor.
Sobre o programa de rádio
O Saúde com Ciência é produzido pelo Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. Ouça na Rádio UFMG Educativa (104,5 FM) de segunda a sexta-feira, às 5h, 8h e 18h.
O programa também é veiculado em outras 187 emissoras de rádio, distribuídas por todas as macrorregiões de Minas Gerais e nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Massachusetts, nos Estados Unidos.
Redação: Marcos Paulo Rodrigues | Edição: Lucas Rodrigues