Anvisa orienta sobre registro de projetos durante Semana de Inovação

Evento ocorreu de 17 a 21 de agosto, na Faculdade de Medicina da UFMG.


21 de agosto de 2019


Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Alessandro Ferreira. Foto: Guilherme Gurgel.

Durante o Seminário de Inovação em Saúde Pública, realizado nesta quarta-feira, 21 de agosto, como parte da programação da Semana de Inovação em Saúde, os participantes puderam conhecer melhor as normas que regulam o registro de novos dispositivos médicos. Para isso, contaram com a palestra do coordenador de Pesquisa Clínica em Produtos para a Saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que também falou sobre o esforço da autarquia para se tornar mais próxima das instituições de ensino superior.

 O evento foi promovido pela Faculdade de Medicina da UFMG, em parceria com a Saúde Ventures, com foco nas possibilidades de empreendedorismo e tecnologias voltadas para área da saúde. Segundo Alessandro Ferreira, a participação da Anvisa em eventos como a Semana de Inovação visa maior proximidade com as instituições de ensino. “Também estamos à disposição no sistema parlatório, que é onde o cidadão tem como procurar a Anvisa e consultar a respeito do contexto regulatório e receber respostas e orientações para os projetos de maneira mais acurada”, afirmou.

Ferreira também destacou a prioridade que a agência estabelece para os projetos que atendam aos interesses do Sistema Único de Saúde (SUS). A autarquia é responsável pela regularização de empresas e produtos sujeitos à Vigilância Sanitária, como produtos para a saúde e medicamentos. “Muitas vezes o pesquisador pensa em desfechos interessantes para a publicação numa revista, mas não é interessante para atender respostas em segurança e eficácia para a população”, apontou.

Skinage

O Projeto Skinage é um exemplo da importância da integração entre as pesquisas e a Anvisa, bem como a interlocução com o SUS. O produto gerado pelo Skinage foi um novo dispositivo médico chamado preemie test, que realiza teste de prematuridade em bebês logo após o nascimento. Com isso, orienta o profissional de saúde sobre necessidades imediatas dessa criança. De acordo com Alessandro Ferreira, tanto a orientação do pesquisador quanto a resposta da agência em tempo hábil foram importantes para que a pesquisa iniciasse.

Professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Zilma Reis. Foto: Guilherme Gurgel.

A coordenadora do projeto e professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Zilma Reis, também participou da evento e contou sua experiência no desenvolvimento do Projeto Skinage. “É empolgante quando você tenta encontrar uma solução para um problema real da sociedade e faz toda a pesquisa pensando em retornar uma resposta”, avaliou. Para dar celeridade à colocação de novos dispositivos médicos, Zilma reforçou a necessidade de fazer o registro na Anvisa do estudo clínico, antes mesmo que ele seja iniciado.

Da pesquisa à aplicação

Representantes das diferentes etapas que levam um projeto de pesquisa a se transformar em produto aplicável no mercado também participaram do evento nesta quarta-feira. Entre eles, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Evaldo Vilela.

Vilela abordou a importância de investir nos conhecimentos produzidos pela ciência. Defendeu ainda que esse investimento é importante para melhorar a saúde, educação e até a segurança pública. “Startups resultantes de projetos de pesquisa levam o conhecimento científico para a sociedade com enorme eficiência”, afirmou.

Para comentar sobre essa colaboração entre o mercado e a academia, o evento convidou o  CEO e Fundador da FCJ Participações, Paulo Justino. Para o empreendedor, assim como o poder público, as empresas também podem investir em saúde, educação e pesquisa. “Para atrair as empresas, faltam bons projetos de inovação, que estão dentro das universidades”, avaliou.

Semana de inovação

A Semana de Inovação em Saúde foi realizada de 17 a 21 de agosto na Faculdade de Medicina da UFMG. O Objetivo foi possibilitar a troca de conhecimentos e experiências entre estudantes e profissionais junto às empresas de tecnologia, como startups que trabalham com prontuários e plataformas de ensino médico.

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(Fotos: Guilherme Gurgel)