Resistência e esperança na Semana de Saúde Mental da UFMG


14 de maio de 2018


Confira a programação no campus Saúde

Com o mote “Esperança resistente: amanhã vai ser outro dia”, a UFMG realiza, de 14 a 18 de maio, a sua 6ª Semana de Saúde Mental e Inclusão Social. O objetivo é sensibilizar a comunidade acadêmica para o tema, debater saídas e fomentar discussões sobre como a realidade sociopolítica contemporânea influi na saúde mental dos membros da comunidade da UFMG, instituição que tem sofrido as consequências de uma política, não raro, adversa à sua “saúde”.

A reitora Sandra Goulart Almeida defende que a busca pela saúde mental seja um movimento conjunto, que conte com o envolvimento de toda a comunidade. “A Semana de Saúde Mental e Inclusão Social propõe-se como elemento aglutinador: ela busca congregar o maior número possível de atores”, afirma. “A questão da saúde mental é complexa e multifatorial e afeta toda a comunidade: discentes, docentes e servidores técnico-administrativos. Não se trata de um problema só da UFMG ou do Brasil, mas do século. É papel da Universidade fazer essa reflexão”, reitera.

Essa reflexão inclui, por exemplo, a construção de mecanismos de aprimoramento da aplicação da Política de Saúde Mental da UFMG face às especificidades do atual contexto. “O sofrimento mental faz parte da história humana, mas o cenário de hoje parece estar levando as pessoas mais intensamente ao sofrimento, ampliando o número de ocorrências”, afirma a professora Claudia Mayorga, pró-reitora de Extensão. “Precisamos compreender essa conjuntura com mais profundidade”, sustenta.

Campus Saúde

Oficina de grafite no campus Saúde.

Na manhã de hoje, 14 de maio, o campus saúde recebeu o grupo Minas de Minas para a oficina de grafite da esperança resistente no muro em frente ao estacionamento.

Na quinta-feira, 17 de maio, os professores Rubens Tavares, coordenador da Liga Acadêmica de Saúde e Espiritualidade da Faculdade de Medicina da UFMG (Liase), e Sara Paiva, ambos do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG (GOB), são os convidados da “Oficina de práticas para saúde e bem estar – medicina tradicional chinesa, antroposofia e meditação”, que recebe ainda o médico antroposófico Fabrício Batista e será mediada pela professora de Terapia Ocupacional da UFMG, Regina Ribeiro. O encontro será às 17h no teatro de arena do campus, em frente ao Restaurante Universitário. No mesmo dia, às 18h30, haverá uma oficina para confecção de fantasias para o desfile do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, no dia 18 de maio, também no teatro de arena do campus.

Na sexta-feira, 18 de maio, o auditório Maria Sinno, na escola de Enfermagem, recebe a roda de conversa “Protagonismo dos usuários e familiares – o que temos feito?”, com a Associação dos Usuários e Familiares de Serviços de Saúde Mental (Asussam), das 10h às 12h. Às 13h30, no estacionamento do campus, começa a concentração para saída do ônibus para o desfile, com transmissão ao vivo da Rádio UFMG Educativa. O desfile será na praça da Liberdade, a partir das 14h.

Leia a matéria completa na página da UFMG.

Leia matéria sobre a influência da atual conjuntura na saúde mental da comunidade universitária na edição 2.015 do Boletim UFMG.

Redação: com Cedecom/UFMG