“Saber para Cuidar” firma cooperação com Secretaria de Educação de BH
06 de março de 2017
Representantes do projeto “Saber para Cuidar: doença falciforme na escola”, do Cehmob-MG, reuniram-se com membros da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (SMED), no dia 2 de março, para firmar parceria na realização do curso a distância “Ressignificando a doença falciforme: a diversidade no contexto escolar”. O curso, realizado pelo “Saber para Cuidar” e financiado pelo Ministério da Educação (MEC), já capacitou 400 servidores municipais da Educação em 2016, em Minas Gerais e na Bahia, e prepara-se para oferecer mil novas vagas, inclusive em outros estados.
No encontro, a secretária de Educação, Ângela Dalben, assinou o termo de adesão ao projeto. O documento define as funções da equipe do “Saber para Cuidar”, dos gestores da Educação (responsáveis por indicar os cursistas), e dos próprios cursistas na realização do ensino a distância. “Esse termo representa a afirmação de um compromisso, de uma parceria”, diz a coordenadora do “Saber para Cuidar”, Isabel Castro. Segundo Isabel, a SMED se mostrou muito mobilizada em relação ao projeto: “O curso será a porta de entrada para outras ações no município. A pedido da Secretaria, faremos algumas sensibilizações presenciais com diretores de escolas, monitores de Programa Saúde na Escola e gerentes das regionais”.

Secretária de Educação de BH assina termo de adesão ao projeto Saber para Cuidar. Foto: Cláudia do Couto
São 300 vagas oferecidas para os servidores municipais de Educação de Belo Horizonte. As outras 700 serão preenchidas por profissionais de Contagem e Ribeirão das Neves (MG) e de demais municípios da Bahia, Rio de Janeiro, Maranhão e Pernambuco. Os cinco estados apresentaram as maiores incidências para doença falciforme no país.
Ao longo do mês de março outras reuniões de sensibilização estão previstas para serem realizadas pela equipe do projeto nos estados citados.
O curso
O curso “Ressignificando a doença falciforme: a diversidade no contexto escolar” é ofertado na plataforma do Centro de Apoio à Educação a Distância da UFMG (Caed) e aborda temas como a doença falciforme e seus contornos na História e na atualidade, as peculiaridades da doença no contexto escolar e a articulação em redes. As aulas são organizadas em quatro módulos, totalizando 45 horas.
Além do financiamento do MEC a partir da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), o curso conta também com o apoio da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doenças Falciformes (Fenafal) e o Programa Ações Afirmativas da UFMG.
O Cehmob-MG é uma parceria entre o Nupad da Faculdade de Medicina da UFMG e Fundação Hemominas.
Doença falciforme
Considerada uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil e que acomete principalmente a população negra, a doença falciforme é uma alteração genética que afeta o sangue e provoca diversas complicações, como obstrução dos vasos sanguíneos, infecções e crises de dor. Desde 1998, com a realização da triagem neonatal (teste do pezinho) para a doença falciforme em Minas Gerais, tornou-se evidente a alta incidência da doença no estado: um caso para cada 1,4 mil nascidos vivos.