Serviço de Medicina Nuclear será reinaugurado
21 de outubro de 2009
O Hospital das Clínicas da UFMG reinaugura oficialmente, no próximo dia 22 de outubro, às 17 horas, o Serviço de Medicina Nuclear. Com a retomada do Serviço, o HC/UFMG passa a ser o único hospital público a oferecer exames de Medicina Nuclear na cidade, com expectativa de atender 400 pacientes ao mês.
Foram investidos R$ 1.060.000,00 provenientes do Ministério da Saúde na compra de Gama Câmara de duplo detector, além de sistema de ergometria, outros acessórios e obra de reforma da área física. Deste modo, o HC/UFMG preenche uma das últimas lacunas no seu perfil de atuação e restabelece o Serviço de Medicina Nuclear, que teve sua atuação interrompida há 15 anos, quando a Gama Câmara existente estragou.
A retomada do serviço começou, na verdade, no início do ano. Desde janeiro, após conseguir a autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM), o Hospital das Clínicas da UFMG tem a pesquisa do linfonodo sentinela, exame cintilográfico que exige o uso de sonda de detecção gama intra-operatória para investigar a existência de tumores de mama e melanoma. Só este ano 42 pacientes já foram submetidos ao exame.
Os exames cintilográficos, nome genérico para os exames realizados no Serviço de Medicina Nuclear, têm indicação para as áreas de cardiologia, nefrologia, pneumologia, ortopedia e clínica médica. Por meio desse recurso é possível visualizar a porção do órgão que está funcionando, ao passo que outros exames de imagem permitem a visualização anatômica de todo o órgão, independente se ele estiver lesado ou com seu funcionamento comprometido.
Com os exames cintilográficos é possível diagnosticar, por exemplo, doença arterial coronariana, más-formações congênitas renais, alguns tipos de câncer e doenças ósseas e reumatológicas. O método é também fundamental para avaliação do paciente pré e pós-transplante. “O exame cintilográfico não é de triagem, mas é fundamental para conduzir o tratamento. Gera impacto grande na prática. Em todos os protocolos de alta complexidade, os exames cintilográficos são fundamentais.
O exame proporciona respaldo clínico e parâmetros para a condução do tratamento do paciente”, explica Dra. Viviane Parisotto, coordenadora médica do Serviço de Medicina Nuclear. A retomada do Serviço de Medicina Nuclear também será fundamental para a formação dos alunos, com perspectiva próxima de criação de residência médica.
Mais informações: 3409-9355
Redação: Assessoria de Comunicação do Hospital das Clínicas da UFMG