Sônia Soares e Simone Lisboa assumem direção da Escola de Enfermagem
15 de outubro de 2018
Nova diretora afirmou que conjuntura exige sensibilidade para acolher discussões de temas centrais da gestão acadêmica
As professoras Sônia Maria Soares e Simone Cardoso Lisboa Pereira foram empossadas, respectivamente, nos cargos de diretora e vice-diretora da Escola de Enfermagem, na noite da última quarta-feira, 10 de outubro. Elas vão cumprir mandato até 2022.
Sônia Soares, que foi vice-diretora na gestão 2014-2018, ressaltou que, pela primeira vez, a Escola de Enfermagem tem em sua direção representantes de dois dos seus cursos: Enfermagem e Nutrição. “É um momento de mudança na condução da Escola que, na maturidade dos seus 85 anos de existência, está lançando as suas bases para um futuro que promete ainda mais realizações. Trata-se de romper com crenças que desafiam o nosso futuro e nos encoraja a pensar em uma Escola de Enfermagem em sintonia com sua forte missão e nos seus propósitos que não são apenas da formação de enfermeiros, nutricionistas e gestores de serviços de saúde, mas também a sua responsabilidade social”.
A diretora ressaltou que a nova gestão tem a missão de continuar lutando pela manutenção de uma universidade pública e autônoma, contribuindo efetivamente para o progresso da sociedade brasileira, por meio da formação de profissionais de saúde, prestação de serviços à comunidade, produção e divulgação do conhecimento científico.
Sônia Soares fez uma breve análise da conjuntura e afirmou que ela exige sensibilidade para acolher discussões de temas centrais que envolvem o processo da gestão acadêmica, como a defesa da autonomia universitária, ações afirmativas, inclusão e acessibilidade, internacionalização, políticas de mobilidade acadêmica e de qualificação docente e dos servidores técnico-administrativos em educação (TAEs), processo de trabalhos dos TAEs, incluindo a jornada de 30 horas, sustentabilidade econômica, social e ambiental. “É tempo de refletir, discutir, participar, construir e agir. Apostamos que é possível uma Escola de Enfermagem capaz de agregar pessoas em favor de um ambiente colaborativo e menos competitivo, para efetividade das ações no âmbito dos diferentes segmentos da nossa comunidade”, pontuou.
Excelência no ensino
Em seu discurso de despedida como diretora, a professora Eliane Marina Palhares Guimarães enfatizou que a Escola de Enfermagem, nos seus 85 anos de existência, sempre foi reconhecida pela formação de profissionais de excelência, fruto da conjunção de esforços individuais e coletivos de todos que nela atuam. “Recentemente, esse reconhecimento foi expresso no resultado da avaliação do ranking das universidades federais, que concedeu o primeiro lugar ao curso de Enfermagem e o quarto lugar ao curso de Nutrição. É pertinente citar ainda a avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC), que deu nota máxima aos cursos de Enfermagem, Nutrição e Gestão de Serviços de Saúde. Ao findar nosso mandato, comemoramos com a comunidade acadêmica os frutos de um trabalho conjunto e articulado, que contribuiu para que a nossa UFMG fosse classificada com uma das melhores universidades do Brasil”, disse.
Eliane Palhares pontuou, ainda, que a Escola nunca se afastou de sua tradição extensionista. Trata-se da unidade da UFMG que, proporcionalmente ao número de docentes, mantém o maior número de projetos de extensão em desenvolvimento. Em relação à produção científica, a professora destacou que a Escola registrou crescimento efetivo dos projetos de intervenção e de pesquisa, com expressiva resposta às demandas sociais.
“O exercício da gestão nos mostrou que é primordial desempenhar o papel de catalisador e mediador das necessidades do conjunto dos docentes, discentes e técnico-administrativos, em uma conjuntura de desafios às instituições federais de ensino superior. Esses desafios devem ser enfrentados com a integração de esforços institucionais, com autonomia e responsabilidade, tendo como diretriz a interdependência funcional da instituição em suas inúmeras dimensões”, finalizou.
Os professores Selme Silqueira de Matos e Sérgio William Viana Peixoto fizeram discursos de homenagem às ex-diretoras e às atuais.
Cooperação e dedicação
Em seu pronunciamento, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida afirmou que reconhece nas professoras Eliane e Sônia os melhores traços da tradição de gestão da UFMG. “O espírito de cooperação, a dedicação incondicional à instituição e o comprometimento com os ideais mais nobres da nossa UFMG, o empenho para ajudar a formular soluções para tantos dilemas de dimensão institucional, tudo isso temperado com a necessária reflexão crítica, com a atenção aos anseios de uma coletividade, com respeito e com a condução da coisa pública conjugada à firmeza de atuação. Um equilíbrio intricado que essas duas guerreiras souberam construir com a maestria que lhes é característica”, enfatizou.