Tecnologia aprimora diagnóstico de problemas bucais


07 de janeiro de 2013


Aparelho usado para medição no estudo

Um estudo que avalia a força sofrida pelo dente incisivo através do lábio e da língua recebeu a premiação de menção honrosa na categoria de Motricidade Orofacial, durante o 20º Congresso de Brasileiro de Fonoaudiologia, em novembro de 2012.

A novidade do estudo, elaborado por estudantes e professores do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da UFMG, é propor novos meios para medir as forças no interior da boca com o uso de sensores eletrônicos colados nos dentes. Nesta medição, importante para diagnosticar problemas bucais, a prática mais comum é perguntar ao paciente como ele sente o contato da língua e dos lábios com a arcada dentária, o que pode tornar o resultado impreciso.

Ao todo participaram do estudo 28 voluntários, sendo 18 mulheres e vinte homens, entre 19 e 31 anos, com e sem má oclusão dentária. O aparelho usado, uma espécie de sensor em forma de fita, foi desenvolvido em parceria com pesquisadores do grupo de Engenharia Biomecânica da UFMG.

Durante os exames, foram medidas as forças média e máxima no interior da boca nos momentos de deglutição e na posição habitual (repouso), bem como o tempo de duração do contato da língua com os dentes no ato engolir a saliva, o que permitiu notar a diferença das forças em cada situação. “O uso desta tecnologia nos forneceu informações mais detalhadas para cada momento, contribuindo de maneira importante para a avaliação clínica” disse Amanda Valetim, uma das autoras do estudo.

Ainda segundo Amanda, métodos objetivos para a medição das forças aplicadas sobre os dentes permitiriam uma maior confiabilidade diagnóstica para fonoaudiólogos e ortodontistas. “A partir de resultados mais precisos é mais fácil acertar no diagnóstico e indicar a melhor medida terapêutica”, completou.

Estudo exploratório das forças sofridas com a ação de lábiop superior e língua
Orientadores:
Andréa Rodrigues Motta e Estevam Barbosa de Las Casas
Autores: Amanda Freitas Valentim, Renata Maria Moreira Moraes Furlan e Tatiana Vargas de Castro Perilo