Teleconferência e óculos 3D em mesa-redonda sobre simulação

Quem foi à mesa-redonda “Desafio e perspectivas no uso de ambientes de simulação no ensino da saúde” na tarde desta quarta-feira, 4, acompanhou métodos modernos de apresentação. Moderada pela coordenadora do eixo 6 – Tecnologia e inovação a serviço da saúde –, Zilma Reis, a mesa contou com uma teleconferência, uma experiência estrangeira e uma apresentação em 3D sobre o tema.

Teleconferência inaugurou mesa do eixo 6. Foto: Bruna Carvalho

“Por que utilizar a simulação?” Direto da UCDavis, na Califórnia, Estados Unidos, a professora associada do Departamento de Pediatria, Maria do Carmo Barros, falou sobre o “ensino médico em ambientes de simulação” e lembrou que simular ajuda no aprendizado, processo complexo de mudança de comportamento, que inclui conhecimentos (saber), habilidades (saber fazer) e atitudes (saber ser e saber conviver).

Ela fez referência ao “Ciclo de Kolb”, onde a seguinte ordem cronológica cerca a palavra Aprendizado no centro: experiência concreta -> observação e reflexão -> compreensão mais profunda -> experiência em novas situações. Tipos de simulação, com o exemplo da Avaliação Objetiva e Estruturada de Desempenho Clínico (Osce), necessidades, possibilidades e cenário da prática também estiveram entre os tópicos abordados pela professora.

Prosseguindo a discussão, o professor associado da Universidade do Porto, Diogo Ayres, comentou a “importância da educação continuada do profissional de saúde em ambientes de simulação”. Um dos destaques do professor português foi a relevância dada ao preparo e acompanhamento de toda uma equipe multidisciplinar na sala de parto, já que isso engloba longas horas de trabalho e, dependendo do caso, complicações mais graves. A diminuição das cesarianas também foi citada como uma necessidade para ajudar a reduzir “desfechos adversos”.

Por fim, foi convidado o professor do Departamento de Anatomia e Imagem da Faculdade de Medicina, Mauro Augusto Tostes, que apresentou a tese “Realidade virtual e estereoscopia no ensino da neuroanatomia e neurocirurgia”. Como forma de criticar a falta de conhecimento, estrutura e profissionais para o estudo da Anatomia Humana, o professor ofereceu óculos 3D para os presentes enquanto compartilhava as animações de sua tese de doutorado.

“Podemos tornar o ensino da Anatomia mais eficaz e ao mesmo tempo atraente”, justificou. Durante a experiência, foi possível acompanhar, em tom mais realista e menos “distorcido”, a simulação de uma cirurgia de aneurisma, entre outros modelos anatômicos.

3º Congresso

A programação do 3º Congresso Nacional da Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG reúne sete conferências, mais de 10 palestras e 40 mesas-redondas em torno do tema “Cenários da Saúde na Contemporaneidade”.

O Congresso vai até 5 de setembro, com atividades de 8h às 18h, diariamente, divididas em oito eixos temáticos. O Congresso conta ainda com programação cultural, com exibição de filmes, exposições, lançamento de livros e apresentações ao longo da programação.

A Secretaria executiva do 3º Congresso Nacional da Faculdade de Medicina da UFMG atende na sala Oswaldo Costa, 21, térreo da Unidade.

Acesse a programação completa.

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Mais informações: 3409 9105 ou 3409 8055, ou ainda pelo e-mail 3congresso@medicina.ufmg.br