Teste do pezinho é essencial no tratamento precoce de doenças raras

Na semana do Dia Nacional do Teste do Pezinho, programa reapresenta série sobre exames neonatais.


01 de junho de 2018


Na semana do Dia Nacional do Teste do Pezinho (6/6), Saúde com Ciência reapresenta série dedicada aos principais exames feitos logo após o nascimento

O bebê, ao nascer, é submetido a exames de triagem que visam atestar o seu desenvolvimento saudável, para tratar precocemente, caso necessário, doenças e distúrbios que possam interferir no seu futuro. Alguns dos testes neonatais que monitoram a saúde do recém-nascido são o do pezinho, do olhinho, da orelhinha e do coraçãozinho. O mais conhecido é o teste do pezinho, realizado entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê.

“É um exame de triagem, aquela criança que é chamada para uma consulta médica tem uma grande chance de ter determinada doença, que estamos pesquisando”, indica a pediatra e coordenadora acadêmica do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad) da Faculdade de Medicina da UFMG, Ana Lúcia Starling. O teste busca identificar seis doenças raras que não estão presentes no nascimento, revelando a importância de um diagnóstico e tratamento precoces, antes que haja o comprometimento da saúde da criança.

Foto: Carol Morena

São elas: doença falciforme, hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. “Na verdade, você faz um teste do pezinho, mas são seis exames para seis doenças diferentes”, afirma Ana Lúcia. O teste é realizado através da pulsão de sangue no calcanhar, que é colocado em papel filtro e enviado ao laboratório. Lá, esse sangue é retirado e são feitas as dosagens. Desde 1993, quando o Nupad foi criado para implantar o programa de triagem neonatal de Minas Gerais, 6 milhões de crianças, em média, realizaram o teste do pezinho.

Teste do olhinho

O teste do olhinho, também conhecido como teste do reflexo vermelho, busca atestar as capacidades visuais do bebê nos seus primeiros dias de vida. Para isso, a observação é feita através de uma bolinha vermelha ou rósea que pode ser percebida nas fotografias. “A luz precisa chegar à retina e, para isso, a parte anterior do olho precisa estar normal”, diz o professor aposentado do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, Edison José Corrêa.

“Aquele olhinho vermelho é luz que vai até a retina, que é bastante vascularizada e é natural que vejamos a cor do sangue, o que significa que o olho está normal”, resume Corrêa. Um indicativo de problemas na visão ocorre quando é percebida uma mancha branca, que impede que a luz atravesse a pupila e chegue ao fundo do olho. Uma das principais causas desse quadro é a catarata congênita.

Conheça também os testes da orelhinha e do coraçãozinho no Saúde com Ciência, que traz outras informações sobre o programa de triagem neonatal.

Sobre o programa de rádio

O Saúde com Ciência é produzido pelo Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. Ouça na Rádio UFMG Educativa (104,5 FM) de segunda a sexta-feira, às 5h, 8h e 18h.

O programa também é veiculado em outras 187 emissoras de rádio, distribuídas por todas as macrorregiões de Minas Gerais e nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Massachusetts, nos Estados Unidos.