UFMG é a segunda melhor federal do Brasil em sustentabilidade, indica levantamento da QS
Universidade ocupa a sexta posição entre as instituições da América Latina
26 de novembro de 2025 - Ranking, Sustentabilidade, UFMG

A UFMG saltou 470 posições e saiu da 786ª para a 316ª colocação geral no QS Sustainability 2026, ranking que referenda as instituições de ensino superior situadas na vanguarda da sustentabilidade social e ambiental em todo o mundo. Com a ascensão, a Universidade passou a figurar como a segunda melhor federal do Brasil e a sexta instituição de ensino superior da América Latina mais bem posicionada nesse ranking.
Se consideradas todas as categorias de instituições de ensino superior do país (federais, estaduais, municipais, distritais e privadas), a UFMG ficou com o quarto lugar geral. Os dados do QS World University Rankings: Sustainability 2026, divulgados na semana passada, podem ser consultados no site da Quacquarelli Symonds (QS).
O objetivo do QS World University Rankings: Sustainability 2026 é informar a sociedade sobre quais instituições demonstram maior compromisso com uma existência mais sustentável. Para isso, o ranking avalia o impacto social e ambiental das universidades como centros de educação e pesquisa.
Avanço em todos os indicadores
Chamou atenção o fato de a UFMG ter melhorado expressivamente em todos os indicadores. O professor Dawisson Belém Lopes, diretor do Escritório de Governança de Dados Institucionais (EGDI), destaca que, em impacto ambiental, a Universidade saiu da 789ª posição para a 330ª, e, em impacto social, saltou da posição 693ª para a 360ª. Em governança, o avanço foi ainda mais expressivo: antes no grupo 1001+, ela alcançou agora a 230ª posição.
A categoria impacto ambiental avalia o compromisso da instituição com a mitigação do impacto ambiental pelas vias da pesquisa, da educação ambiental e de ações de sustentabilidade. A categoria impacto social busca reconhecer os esforços das universidades para transformar a sociedade por meio de medidas de igualdade e de partilha de conhecimento, entre outras.
A categoria governança, por sua vez, trata da liderança ética em nível institucional. Nessa seara, são reconhecidos os esforços pela tomada transparente e documentada de decisões, baseada em evidências, o processo democrático de nomeação de líderes, as boas práticas de contratação e a delegação e distribuição do poder, inclusive entre estudantes.
Transversal e estruturante
Segundo a reitora Sandra Goulart Almeida, a sustentabilidade é uma dimensão transversal e estruturante no projeto acadêmico da UFMG. Por isso, avalia ela, o resultado do ranking da QS é altamente auspicioso. “Ele nos oferece um forte indicativo de que estamos no caminho certo. O que fazemos hoje em nossas salas de aula, laboratórios e trabalhos de campo pode contribuir efetivamente para combater a crise ambiental e para a construção de um mundo melhor para as novas gerações”, projeta a a dirigente.
“Na verdade, nem o ranking nem a UFMG mudaram significativamente no último ano; o que mudou foi a forma de relacionamento entre a Universidade e o levantamento. Em 2023, a UFMG criou o Escritório de Governança de Dados Institucionais (EGDI), que passou a coletar e a sistematizar as informações relativas à Universidade, com a ajuda das unidades administrativas e acadêmicas”, lembra Dawisson.
Outro avanço, na avaliação do professor, foi a modernização processada, em 2024, no site UFMG Sustentável, lançado três anos antes. A plataforma centraliza e franqueia ao púbico o inventário das iniciativas e dos projetos de sustentabilidade desenvolvidos na Universidade. “Com a publicidade dos dados que atestam práticas sustentáveis, a pontuação da Universidade aumenta”, explica o diretor do EGDI.
Cedecom