Uso incorreto do carregador de celular pode causar acidente doméstico

Choques elétricos, queimaduras e afogamentos, dentre outros acidentes, são assuntos da nova série de rádio


26 de janeiro de 2018


Choques elétricos, queimaduras e afogamentos, dentre outros acidentes, são assuntos da nova série do Saúde com Ciência

Marcos Paulo Rodrigues*

Uma situação inesperada, que acontece sem ser programada, pode ser considerada um acidente. Dentro de casa ocorrem diversos acidentes, mais ou menos graves, envolvendo principalmente crianças e idosos. No caso do primeiro grupo, a curiosidade faz com que elas acessem lugares e objetos que podem trazer consequências prejudiciais à saúde. O simples ato de retirar os carregadores de celular da tomada quando os mesmos não são usados, por exemplo, evita choques elétricos e até queimaduras.

A pessoa deixa o celular carregando durante a noite e, ao acordar apressada para realizar as atividades diárias, se esquece de retirar o objeto da tomada, deixando-o exposto e de fácil acesso às crianças. A situação corriqueira serve de alerta, segundo o médico intensivista, diretor técnico e gerente assistencial do Hospital João XXIII, Marcelo Lopes Ribeiro. “A criança pode pegar aquele carregador e colocá-lo na boca, causando queimaduras nas mãos e na boquinha, porque ela mastigou o fio do objeto”, afirma.

Outro risco trazido pelo mau uso do carregador está relacionado ao aquecimento do mesmo e do celular durante o processo de carga de bateria, ou seja, não é recomendável deixá-los na cama e em outros locais. O aquecimento do celular e uma possível descarga elétrica podem provocar um curto-circuito e iniciar um incêndio. “Hoje, as pessoas têm essa tendência de dormir com o celular carregando à beira da cama, então deve-se colocar pelo menos uma mesinha ao lado da cama. Nós já tivemos alguns casos de incêndio no colchão”, relata Marcelo Ribeiro.

Choque elétrico: primeiros socorros

Ao lidar com uma pessoa que passa por uma situação de choque elétrico, algumas precauções devem ser adotadas para evitar outros problemas. É recomendável não encostar no indivíduo enquanto há o choque – deve-se usar um objeto neutro, que não passe corrente elétrica, como um cabo de vassoura, a fim de tentar empurrar essa pessoa e distanciá-la da fonte do choque.

De acordo com Ribeiro, o princípio fundamental do socorro pré-hospitalar é a segurança da cena, evitando que o indivíduo que presta socorro se torne, também, vítima daquele acidente. “Às vezes, a pessoa acaba entrando em um ambiente para prestar socorro, pisa em um chão molhado e acaba se tornando outra vítima daquele acidente”, alerta o médico intensivista.

Choques elétricos, queimaduras e outros acidentes domésticos são destaques da nova série do Saúde com Ciência, que vai ao ar entre os dias 29 de janeiro e 2 de fevereiro. Fique ligado.

Sobre o programa de rádio

O Saúde com Ciência é produzido pelo Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. Ouça na Rádio UFMG Educativa (104,5 FM) de segunda a sexta-feira, às 5h, 8h e 18h.

O programa também é veiculado em outras 187 emissoras de rádio, distribuídas por todas as macrorregiões de Minas Gerais e nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Massachusetts, nos Estados Unidos.

*Redação: Marcos Paulo Rodrigues – estagiário de Jornalismo

Edição: Lucas Rodrigues