Vacinação contra sarampo é discutida em projeto de extensão
07 de outubro de 2025 - projeto de extensão, Sarampo, Vacinação, Vacinas: Um ato de amor

Projeto de Extensão “Vacinas: um ato de amor” da Faculdade de Medicina da UFMG, divulga dados sobre as vacinas contra o sarampo O projeto tem o intuito de fornecer informações confiáveis e relevantes para a população sobre as vacinas e doenças preveníeis por meio da vacinação.
A doença
O sarampo é uma doença viral exantemática (que causa uma erupção cutânea avermelhada disseminada pela pele), aguda e altamente contagiosa, causada por um vírus RNA do gênero Morbillivirus, pertencente à família Paramyxoviridae. A transmissão ocorre por aerossóis e gotículas respiratórias, com capacidade de disseminação notavelmente elevada, com um único indivíduo infectado podendo transmitir a doença para 12 a 18 indivíduos susceptíveis, tornando o controle da circulação viral um desafio constante.
Do ponto de vista clínico, a doença evolui em estágios:
1º: O período prodrômico ou catarral caracteriza-se por febre, tosse, coriza e conjuntivite, frequentemente acompanhado das manchas de Koplik, lesões exantemáticas típicas da mucosa oral.
2º: Instala-se a fase exantemática, marcada pelo aparecimento de exantema maculopapular morbiliforme, que progride de forma céfalo-caudal.
3º: A fase de convalescença ocorre após a resolução gradual dos sintomas. A elevada morbidade decorre das complicações, que incluem pneumonia viral ou bacteriana, otite média aguda e encefalite.
Por fim, casos graves estão particularmente associados a imunocomprometidos, gestantes, indivíduos com deficiência de vitamina A, indivíduos em condições de vulnerabilidade nutricional e extremos de idade.
Vacinação
A vacinação representa a principal medida de prevenção contra o sarampo e é responsável pela redução drástica da incidência global desde a introdução da vacina de vírus atenuado. No Brasil, a imunização de rotina é realizada por meio da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), aplicada aos 12 meses de idade, com a segunda dose aos 15 meses com a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).
Já para crianças mais velhas, adultos e adolescentes não vacinados, é recomendado a aplicação de duas doses, com intervalo mínimo de um mês. A eficácia da vacina após duas doses é de 97% a 99% em indivíduos imunocompetentes, conferindo proteção duradoura e geralmente vitalícia.
A “Dose Zero” consiste na administração de uma dose adicional da vacina do sarampo, devendo ser feita com a dupla viral – (sarampo e rubéola) para as crianças entre 6 a 8 meses e 29 dias, e no caso daquelas de 9 a 11 meses e 29 dias de vida deverá ser utilizada a vacina tríplice viral. Essa medida não substitui o calendário vacinal de rotina, mas oferece proteção precoce a lactentes, faixa etária com maior risco de formas graves devido à imaturidade imunológica e à ausência de anticorpos maternos protetores após os primeiros meses de vida.