Violência no trânsito é discutida em fórum na Faculdade


22 de maio de 2017


Foto: Carol Morena.

A Faculdade de Medicina da UFMG recebeu na manhã dessa segunda-feira, dia 22 de maio, o 1º Fórum de Saúde e Violência no Trânsito. O objetivo do encontro foi de compartilhar conhecimentos teóricos e práticos sobre a mobilidade urbana. Participaram do evento pesquisadores e empresas da área de trânsito.

Durante a abertura do fórum, o vice-diretor da Faculdade de Medicina, Humberto Alves, lembrou que o tema trânsito precisa ser discutido na sociedade como um todo. “Os acidentes de trânsito têm crescido, lamentavelmente, de forma exponencial, e a gente entende que precisa de ações conjuntas e os esforços pode ajudam a minimizar essa questão”, avaliou.

Na Faculdade de Medicina, há o Programa de Pós-Graduação Promoção da Saúde e Prevenção da Violência e, dentro dele, foi criado o Grupo de Pesquisas Saúde e Violência no Trânsito (Sauvi), com a participação de pessoas que já trabalham com o tema. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Promoção da Saúde e Paz, Elza Melo, a participação desses profissionais é importante para pensar em soluções.  “Trazer as demandas e os problemas e criar espaço aqui dentro para comentar o desenvolvimento de conhecimento, de pesquisa, de práticas e teorias, contribui para a formulação de políticas públicas que sejam de qualidade”, comentou.

Para o coordenador do Grupo de Pesquisas Saúde e Violência no Trânsito e mestre em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência, Ronaro de Andrade Ferreira, a UFMG é o espaço ideal para discutir o assunto. “Essa aproximação é fundamental para alimentar a academia de informações e alimentar os órgãos gestores de orientações. É necessário cada vez mais possibilidades, estratégias e visões, o que normalmente sai da academia”, explicou.

Mesa de abertura do evento. Foto: Carol Morena.

O representante da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Paulo Cesar Machado Pereira, lembrou, ainda, que 76% da população da capital mineira têm óbitos causados por doenças evitáveis. “Como exemplo as doenças cardiovasculares e pulmonares e as chamadas causas externas, as quais o trânsito afeta grandemente. As duas principais causas que nos afetam são a velocidade e o uso da bebida alcoólica, que são coisas plenamente evitadas”, afirmou.

Também compuseram a mesa de abertura do evento o subsecretário de Regulação de Transporte da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, Renato Ribeiro; a superintendente do Observatório de Segurança Pública Cidadã da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Ana Luiza Werneck; a coordenadora de Educação Para o Trânsito do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER), Rosely Fantoni; e a diretora de Atendimento e Informação da BHTRANS, Jussara Bellavinha.

Na ocasião, também houve o lançamento oficial do Grupo de Pesquisas Saúde e Violência no Trânsito (Sauvi), o lançamento do livro “Promoção de Saúde: Autonomia e Mudança”, dos organizadores Elza Melo, Jandira Maciel, Marco Akerman e Soraya Belisário e apresentação musical do coral “Vozes na Estrada”, do DER-MG.

Após a abertura do fórum, teve início a mesa-redonda “Trânsito: conhecer, agir e transformar” que abordou a relação entre ciência e trânsito, exemplos de pesquisa e como a ciência está ajudando a reduzir a violência no trânsito. Em seguida, aconteceu a mostra de trabalhos científicos e de intervenções relacionadas ao assunto.

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