Faculdade investe em infra-estrutura e gestão


04 de março de 2008


Diretor faz balanço de 2007 e fala das metas para este ano

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As aulas dos calouros de graduação da UFMG começaram. Início de semestre e de ano, hora de fazer planos e relembrar o que foi reuniao-final-pmag-2006-cred_marcus-vinicus-acs-fm-091.jpgrealizado no ano passado. A Faculdade de Medicina inicia hoje a publicação de uma série de matérias mostrando o balanço de 2007 e as metas para 2008 em diversos setores. Quem abre a série é o diretor, professor Francisco Penna.<p>

Professor, o que o senhor destacaria no trabalho de gestão da Faculdade em 2007?
Eu estou sentindo uma disposição bastante grande das pessoas no sentido de participarem das atividades. Temos um grupo bem atuante trabalhando no aperfeiçoamento da gestão. Nós temos feito reuniões, planejamentos, e executado aquilo que planejamos.

Investimentos muito importantes foram feitos na infra-estrutura. Melhoramos bastante as instalações e equipamentos de muitos setores. Na Biblioteca, renovamos o mobiliário, pintura, iluminação e estamos próximos de R$700 mil em compras de livros para recompor o acervo, o que era uma reivindicação constante por parte dos alunos.

Reforçamos, e muito, o Centro de Tecnologia (Cetes): compramos uma quantidade imensa de manequins e criamos uma sala de aula de informática e um laboratório com 50 computadores, além de sete servidores novos, inaugurados esta semana. As salas de Anatomia e Técnica Operatória foram reformadas. Já autorizamos a compra de novos microscópios binoculares para a Anatomia Patológica. A conclusão do processo de modernização dos quatro elevadores da Faculdade é esperada para breve, pois já existe um atraso contratual. A reforma do DAAB está em fase final. O Nescon e o Cenex inauguraram novas instalações.

É muito esforço em obras, o senhor concorda?
Sim, porque temos muita coisa pra fazer. Esse prédio deve ter em torno de 50 anos e nunca sofreu uma reestruturação significativa. Para alcançarmos melhores resultados, implantamos na Faculdade de Medicina o setor de Arquitetura, coordenado pela professora Maria Lúcia Malard, ex-diretora da Escola de Arquitetura da UFMG. O setor conta com outra arquiteta e estagiários. Já estamos selecionando também um engenheiro, para acompanhar as obras, enquanto houver demanda. Contamos com o apoio da comunidade para adequar a área física dessa escola, tendo uma distribuição mais equânime do espaço para aquelas pessoas que dele necessitam.

Quais vão ser as obras prioritárias em 2008?
Vamos implementar as reformas das salas de aula. Nós temos o planejamento de recuperar a fachada do prédio e modernizar o Salão Nobre. Também vamos fazer um projeto novo para o Biotério. Para adequar a área de Necrópsia o projeto já está pronto. Estamos numa fase adiantada também de adequação do espaço da Congregação e iniciamos a reforma da sala Amílcar Vianna. E estamos estudando uma área adequada pra fazer uma cantina. Nos laboratórios do Nupad será feita uma grande reforma.

O senhor também destacou equipamentos. A Faculdade tem priorizado a tecnologia educacional?
Eu acho que a parte de tecnologia mudou radicalmente. Estamos, de fato, investindo. O Nescon inaugurou um curso de especialização em saúde da família a distância, com a presença do ministro da Saúde, que teve uma demanda altíssima, mais de mil inscritos para 400 vagas. A Telessaúde cresceu e está se tornando um grande projeto da UFMG. Fizemos uma reunião com os diretores do HC, da Enfermagem, da Odontologia, da Farmácia e do Hospital Universitário Risoleta Tolentino Neves e indicamos para a Reitoria nomes de duas pessoas de cada uma dessas Unidades para constituir uma comissão que vai ser administradora do Projeto de Telessaúde.

Além de infra-estrutura e tecnologia, que áreas tiveram novidades em 2007?
Desenvolvemos atividades culturais mensais, coordenadas pelo professor João Gabriel, no Programa Saúde & Cultura, que têm sido bastante concorridas e de muita qualidade. Nós nos propusemos também a apoiar uma reformulação no Centro de Memória. Desde o ano passado uma historiadora e estagiários trabalham nesse projeto. Agora estamos em vias de contratação de uma museóloga e de uma bibliotecária, para dar continuidade ao trabalho.

Falando para a Comunicação, nesta entrevista, vejo que a ACS mudou o perfil das atividades e está dando uma grande visibilidade para a Faculdade. A questão de buscar e divulgar a informação científica engrandece nossa Unidade Acadêmica, com matérias em jornais de grande circulação nacional, e em informativos, como o da Fapesp. Esse trabalho tem um reconhecimento institucional muito grande, um entrosamento com todos os setores, com as outras assessorias do Campus Saúde e também com o Centro de Comunicação Social da UFMG, o Cedecom, que trabalha conosco num projeto mais amplo.

Quais seriam metas de visibilidade para 2008?
A revitalização da Revista Médica é uma outra iniciativa da Faculdade, juntamente com outras entidades. Dentro desse objetivo, também vamos realizar o I Congresso Nacional de Saúde da UFMG, em novembro. Eu acho que a Faculdade de Medicina, e o setor de saúde da Universidade como um todo, têm uma competência tão grande que ela precisa ser exercida não só em eventos de outras instituições – o que é legítimo –, mas também aqui. O Congresso será uma oportunidade para mostrar competências da UFMG na área de saúde, debatendo um tema importantíssimo, que é a promoção da saúde. Agora, em março, vamos estrear um programa na Rádio UFMG Educativa.

Como o senhor avalia a evolução da graduação no último ano?
Temos feito um esforço de avaliação, com estudantes de graduação, para melhorar ainda mais nosso ensino, que já é um dos melhores do país. A avaliação discente específica da Faculdade, implantada ano passado, foi uma iniciativa do vice-diretor, professor Tarcizo Nunes, junto com os colegiados de graduação e o Centro de Informática Médica. Estamos dando continuidade a ela, porque o feedback dos alunos permite fazer as adaptações necessárias. Tenho também acompanhado mais de perto a questão do Internato Rural. Fiz visitas a cerca de dez cidades e participei de reuniões das turmas que terminaram o Internato. Pude perceber quais são os problemas que devem ser corrigidos, em relação às disciplinas e estrutura. Temos trabalhado também com o Colegiado de Graduação em Medicina no sentido de fazer as adaptações necessárias, dentro do projeto mais amplo que a Faculdade assumiu, que é o Recriar.

Houve também evolução na pós-graduação e na pesquisa?
A Pós-graduação está numa fase de consolidação de praticamente todos os programas, inclusive com melhoria do conceito na Capes. Na área de Saúde Pública, um trabalho nosso foi considerado a melhor tese do Brasil. Isso para mim é muito importante. Para fortalecer a pesquisa, além de apoiar os grupos existentes temos uma política de atrair competência acadêmica, outras competências além das que temos aqui. Foi muito relevante criar na Faculdade de Medicina o Laboratório de Neurociências. E está em fase de transferência para a Faculdade o professor Marcus Vinicius Gomez, um grande pesquisador de Neurofarmacologia.


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