Estudo aponta que variante gama (P1) é 74% mais frequente em Minas Gerais

Rede de Laboratórios de Pesquisas também estima que a mesma variante atingiu 100% das amostras colhidas em Patos de Minas e em Uberlândia, ao passo que foram menos frequentes em Teófilo Otoni (23,68%) e em Pedra Azul (30,30%).


17 de junho de 2021 - , , ,


Pesquisa coordenada pelo Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em colaboração com outros laboratórios da UFMG, Fundação Ezequiel Dias, Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Universidade Federal de Viçosa e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri caracterizou a frequência das variantes do coronavírus em Minas Gerais.

O Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad) faz parte da rede que apoiou o projeto.

Neste estudo, maior dessa natureza já realizado em Minas Gerais, foram analisadas 1198 amostras obtidas em 282 municípios, representando todas as 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) do Estado. A metodologia usada, de baixo custo, foi desenvolvida pelo Laboratório de Biologia Integrativa em 1111 (92,74%) das amostras avaliadas.

Com 74,12%, a variante mais frequente no Estado de Minas Gerais foi a gama (P.1). Essa mesma variante atingiu 100% das amostras nas Unidades Regionais de Saúde de Patos de Minas e de Uberlândia. Por outro lado, as URS Teófilo Otoni e URS Pedra Azul apresentaram as menores frequências desta mesma variante, com 23,68% e 30,30%, respectivamente.

Os resultados ainda indicam que as variantes de preocupação alfa (B.1.1.7) e gama (P.1) juntamente com a variante de interesse zeta (P.2) respondem por quase 98% das amostras analisadas. Todas estas variantes apresentam maior infectividade quando comparadas às linhagens presentes no Brasil no primeiro semestre do ano passado.

A distribuição espacial dessas variantes indica uma difusão da variante gama (P.1) por quase todo o Estado com frequência superior a 50% com alguns clusters das variantes zeta (P.2) e alfa (B.1.1.7) (Figura abaixo). Observa-se ainda a baixa frequência das amostras classificadas como outras variantes e a homogeneidade das frequências destas ao longo do território estadual.

Mais informações no site do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações.


Com informações da Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.