Ação promove conscientização de profissionais e estudantes da saúde sobre o HTLV

O Grupo Cuidar HTLV e a Liga Acadêmica de Doenças Infecciosas e Parasitárias (Ladip) se reuniram nesta semana para promover ações de conscientização sobe o vírus T-linfotrópico (HTLV). Com cinco dias de programação na Faculdade e Medicina, além dos hospitais das Clínicas e João XXIII, a iniciativa contou com a distribuição de livros aos profissionais e alunos da área da saúde. O objetivo é alertar a importância da prevenção contra o HTLV, que pode causar uma infecção com consequências graves.

Apesar da gravidade, o vírus ainda é desconhecido pela maioria da população. E de acordo com a coordenadora do Grupo, Júlia Caporali, professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade, também há uma enorme lacuna na promoção do conhecimento e do cuidado em HTLV. Por isso, a ação foi voltada ao público da Saúde, incentivando que os profissionais tenham mais informação e compreendam seu papel na prevenção, com a indicação dos exames de detecção, por exemplo.

Os interessados em receber o livro “HTLV – Coleção Cadernos Hemominas” podem conferir os locais de distribuição na programação divulgada no Instagram (clique aqui). A obra conta com a participação da professora Denise Utsch Goncalves da Faculdade de Medicina, além de outros docentes da UFMG, e está disponível em versão digital (clique aqui), bem como será disponibilizada para empréstimo na Biblioteca J. Baeta Vianna – Campus Saúde da UFMG.

A professora Julia Caporali destaca que a grande maioria das pessoas infectadas não desenvolvem nenhum sintoma da doença, mas cerca de 5% dos pacientes têm consequências que podem ser graves e, por isso, é importante prevenir e diagnosticar. Atualmente, o exame de detecção do vírus faz parte dos exames de pré-natal ofertado pelo sistema público de saúde em Belo Horizonte. Outras pessoas que também desejam realizar o teste devem conversar com seu médico para que ele faça a solicitação.

Saiba mais:

HTLV (vírus linfotrópico de células T humanas)
– Tem quatros subtipos, sendo o HTLV-1 o subtipo que mais causa doenças associadas.
– Transmissão: de mãe infectada para o filho (principalmente durante a amamentação); relação sexual desprotegida; compartilhamento de seringas, agulhas e outros objetos perfurocortantes, etc.
– Diagnóstico: Por testes sorológicos. Exame também é ofertado pelo SUS.
– Sintomas: A grande maioria não desenvolve nenhum sintoma. Quando ocorre, pode estar associado a doenças como leucemia/linfoma, mielopatia motora, alterações de memória, artrite, uveíte, dermatites, entre outros.
– Tratamento: É direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV.

O Ambulatório especializado em HTLV do Hospital das Clínicas da UFMG, localizado no CTR Orestes Diniz (Alameda Vereador Álvaro Celso, 241 – Centro), é referência em Belo Horizonte. Ele realiza atendimento para pessoas diagnosticadas com a doença.

Acompanhe a Liga em @ufmgladip e o Grupo em @cuidarhtlv_ufmg.

Leia também: Grupo de extensão da Faculdade de Medicina promove evento para conscientizar sobre HTLV.