Ações de internacionalização do Nupad são apresentadas em evento na UFMG


18 de abril de 2016


Evento reuniu coordenadores de projetos e programas de extensão. Foto: Rafaella Arruda.

Evento reuniu coordenadores de projetos e programas de extensão. Foto: Rafaella Arruda.

As ações de extensão do Nupad no âmbito internacional foram apresentadas no Seminário de Internacionalização na UFMG: Extensão em Pauta, no dia 14 de abril, no auditório da Escola de Engenharia do Campus Pampulha. O evento, promovido pela Pró-reitoria de Extensão (Proex) e Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da UFMG, propôs discutir estratégias de internacionalização para a extensão universitária.

Leia também: Em seminário, universidade discute internacionalização de suas atividades extensionistas; estratégias serão reunidas em documento.

Segundo o diretor geral do Nupad, José Nelio Januario, o Núcleo apresenta três grandes programas de extensão: no âmbito da triagem neonatal, triagem pré-natal, e genética e biologia molecular, e a partir deles se desenvolve uma série de atividades. Alguns exemplos são a triagem de 250 mil recém-nascidos por ano no Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG) e a cobertura de cerca de 80% das mulheres atendidas pela saúde pública no estado no Programa de Controle da Toxoplasmose Congênita de Minas Gerais (PCTC-MG), ambas sob a gestão da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). “Quanto mais o Nupad se relaciona com o outro, com a sociedade, mas se fortalece. Para promover cuidado integral, o foco deve ser a humanização, para que as doenças sejam bem acompanhadas”, declarou.

Internacionalização e doença falciforme

O diretor destacou ações estabelecidas no cenário internacional tendo como foco o diagnóstico e tratamento da doença falciforme, doença identificada a partir da triagem neonatal com maior incidência no país. “Basicamente começamos em 2008, com a visita ao centro de controle de qualidade (Centers for Disease Control and Prevention – CDC) nos Estados Unidos. Foi importante não só pelo aspecto científico, mas pelo reconhecimento do avanço norte-americano no cuidado com os pacientes”, citou.

Evento em Angola, em 2014, debateu a mortalidade materna. Acervo Nupad.

Evento em Angola, em 2014, debateu a mortalidade materna. Acervo Nupad.

Foram pontuadas também relações com países da África, como Senegal, Benin, Angola e Gana, por meio de intercâmbio e capacitação de profissionais. “Destaco Gana, onde estamos ajudando na construção de um Centro de Atenção à Pessoa com doença falciforme. A parceria teve início há mais tempo e está sendo retomada agora, com 4,5 milhões de dólares investidos pelo governo ganense”, informou José Nelio.

Em Angola, o diretor citou a participação de profissionais do Nupad no debate sobre o cuidado com a gestante com doença falciforme, como em Congresso realizado no país em 2014 sobre redução da mortalidade materna. O Projeto Aninha, do Cehmob-MG – parceria entre Nupad e Fundação Hemominas, criado para acompanhar essa mulher e compartilhar conhecimento, representa, segundo José Nelio, um dos exemplos mais puros de extensão do Núcleo, com a presença de profissionais e alunos na atenção à paciente.

Para além do continente africano, outra ação apresentada foi o projeto Saber para Cuidar, do Cehmob-MG, voltado ao profissional da Educação que lida com o aluno com doença falciforme. A partir de parceria com a Inglaterra, o Nupad traduziu e adaptou cartilha sobre a doença falciforme para o cenário escolar. “Precisamos mirar nossos olhos para a troca de experiência em todos os sentidos”, pontuou o diretor.