Painel em Congresso de Biblioteconomia relata ações do Nupad


02 de agosto de 2011


Maria Piedade, bibliotecária do Centro de Documentação do Nupad

Responsável pelo terceiro maior programa de triagem neonatal do mundo, o Núcleo de Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina (Nupad) tem se tornado uma referência também em áreas que não dizem respeito somente à saúde. Na semana do dia 8 de agosto, a bibliotecária Maria Piedade Fernandes Ribeiro Leite apresentará um relato de experiência no XXIV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação. “O Nupad possui um Centro de Documentação que desenvolve há vários anos diversas ações baseadas no princípio de que a informação é um direito do cidadão”, explica ela.

O congresso acontecerá entre os dias 7 e 10 de agosto, em Maceió-AL. O tema da apresentação de Maria Piedade é A informação como direito do cidadão para educação em saúde, para promoção de saúde e melhoria da qualidade de vida: a experiência do Nupad/FM/UFMG. Segundo ela, a implantação da obrigatoriedade da triagem neonatal, exame conhecido popularmente como “teste do pezinho”, teve como consequência a circulação de informações nos postos de saúde, nos hospitais, nas escolas e entre os profissionais de saúde.

O Nupad, porém, aprofundou o trabalho e foi além das informações básicas. “Foi oferecido aos portadores das doenças um conhecimento detalhado sobre a importância e o processo de tratamento. Além disso, o Nupad promove uma capacitação de profissionais de saúde em todo o estado de Minas Gerais. E no Centro de Documentação, onde eu trabalho, há um acompanhamento de todo este esforço”, relata Maria Piedade.

Ações
A apresentação será focada em três ações. A principal delas é o Indexfal, sistema virtual onde se registram materiais bibliográficos sobre a doença falciforme. São dois públicos-alvo: para os pesquisadores são disponíveis textos científicos e para o público leigo há um arquivo significativo com cartilhas, folders, revistas e diversos outros tipos de publicações de instituições diversas que abordam algum assunto ligado à doença. “É um trabalho intenso de garimpagem. Fico satisfeita quando vejo que este esforço permite disseminar um conhecimento que agrega valor à vida de diversas pessoas, pois permite cuidar, prevenir e promover saúde”, enfatiza a bibliotecária.

As outras duas ações são experiências do Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob), iniciativa criada através de uma parceria do Nupad com Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, a Hemominas e outras instituições. O objetivo do Cehmob é atender pessoas com doença falciforme e desenvolver pesquisa na área de hemoglobinopatias. Dentro desse intuito, desenvolve o Projeto Aninha, voltado para atender gestantes portadoras de doença falciforme. Possui também uma biblioteca com diversos tipos de materiais para leigos, que possibilita circular a informação entre os pacientes. “São duas ações que ajudam na adesão ao tratamento e fazem com que a doença não se agrave”, relata Maria Piedade.

(Atualizada em 08/08/2011)