Sobre
Até o século passado, as doenças infecciosas eram a maior causa de morte e incapacidade em quase todos os países do mundo. Nos últimos 100 a 150 anos, as nações industrializadas passaram por uma transição epidemiológica na qual a incidência de doenças infecciosas declinou com resultante diminuição da mortalidade infantil e subseqüente maior expectativa de vida. Ao mesmo tempo houve aumento de outras doenças, particularmente, as degenerativas e as traumáticas. Em muitas sociedades desenvolvidas o trauma é a principal causa de anos potenciais de vida perdidos.
Mudanças semelhantes na morbidade/mortalidade estão ocorrendo nos países em desenvolvimento. As doenças infecciosas, comuns na infância, vêm diminuindo e no sentido contrário e simultaneamente a incidência de trauma e de doenças degenerativas vem aumentando nesses locais. A Organização Mundial de Saúde estima que em 2020 a situação epidemiológica terá mudado para um ponto no qual mundialmente o trauma e as doenças degenerativas ultrapassarão as doenças infecciosas em anos potenciais de vida perdidos.
Sabe-se que desde a década de 1970 os “reumatismos” constituem a terceira causa de incapacidade principal de afastamento do trabalho no Brasil, e dados do INSS, de 1994, atestam que eles representam também a terceira causa de aposentadoria por invalidez. Em que pese o esforço do Ministério da Saúde, oficializando em 1992 o Programa de Educação e Controle das Doenças Reumáticas, até hoje essas doenças não se tornaram uma prioridade nos programas dos governos federal, estadual e municipal. As doenças reumáticas exigem gastos crescentes do Ministério da Saúde: foram R$ 46,5 milhões em 1992 e mais de R$ 60 milhões só no primeiro semestre de 1994. Os problemas de saúde atendidos pelo reumatologista, como osteoporose e seqüelas de febre reumática (estas responsáveis por 96% das cirurgias valvulares do país), são verdadeiros fantasmas para o SUS e a política governamental de saúde. Considerando-se que, no Brasil, os recursos destinados à pesquisa, diagnóstico e tratamento das doenças reumáticas são insuficientes e o ambiente social expressa preconceitos de desinteresse por tais pacientes, a incapacidade dos reumáticos torna-se, na realidade, um problema de dimensões assustadoras, sobretudo com o progresso envelhecimento da população.
O Departamento do Aparelho Locomotor
O Departamento do Aparelho Locomotor congrega a Ortopedia, Traumatologia e a Reumatologia em ambiente de cooperação e convergência de interesses, com participação científica e política expressiva no cenário nacional.
O ciclo profissional do currículo médico no Departamento do Aparelho Locomotor (ALO), centrado no atendimento supervisionado de pacientes pelo estudante implica em encargos didáticos elevados e intensa atividade de extensão/assistência exercida por seus docentes. Vinculados ao Departamento, entretanto, não constituído exclusivamente por docentes, estão os Serviços Especiais de Ortopedia e de Reumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG. Atuantes, organizados e produtivos os dois serviços atuam na formação de especialistas com corpo de médicos residentes nas duas áreas. Sua atuação assistencial é marcante com mais de 1000 cirurgias anuais e dezenas de pacientes internados assistidos por médicos das duas áreas. São mais de 1000 pacientes atendidos mensalmente nos ambulatórios do Hospital Bias Fortes e Hospital das Clínicas, por médicos e professores dos dois Serviços. Estes estão integrados no Sistema Único de Saúde (SUS), tanto no Hospital das Clínicas como no Hospital Risoleta Tolentino Neves – Hospital de Venda Nova.
Vale lembrar que as atividades dos docentes do ALO também se desenvolvem nos programas de pós-graduação do Departamento de Clínica Médica, do Departamento de Cirurgia, e do Departamento de Pediatria, com participação nos programas de pós-graduação – mestrado e doutorado, em Clínica Médica, Gastroenterologia, Cirurgia e Pediatria.
Além disto, o ALO está envolvido nos cursos de graduação de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional da UFMG, com carga horária semestral de 60 horas.
Administração
Chefe de Departamento
Prof. Jefferson Soares Leal
Subchefe do Departamento
Prof.ª Adriana Maria Kakehasi
Secretária Administrativa
Roberta Mateus de Sousa
Assembleia Departamental
Adriana Maria Kakehasi
Daniela Castelo Azevedo
Daniel Soares Baumfeld
Débora Cerqueira Calderaro
Fabiana De Miranda Moura
Gilda Aparecida Ferreira
Guilherme Moreira De Abreu E Silva
Jefferson Soares Leal
Luiz Eduardo Moreira Teixeira
Marco Antonio Percope De Andrade
Robinson Esteves Santos Pires
Túlio Vinicius De Oliveira Campos
Ubiratan Brum De Castro
Representante dos Servidores Técnico-Administrativos
Roberta Mateus de Sousa – Secretária administrativa
Representantes discentes – Mandato: 01/03/2024 a 28/02/2025
Titular 1: Maria Eduarda de Matos Gomes da Rocha
Suplente 1: Rafaela Bessa Monti Mattos
Titular 2: Sofia Dias Campos Machado
Suplente 2: Leonardo Massini Pereira Leite
Titular 3: Guilherme Flor Ocampo
Suplente 3: Anthony Basilio Dalmacio Cordeiro
Histórico
O Departamento do Aparelho Locomotor é originado da Cadeira de Clínica Pediátrica Cirúrgica e Ortopedia, que foi criada desde a fundação da Faculdade de Medicina em março de 1911.
Durante muitos anos a cadeira funcionou no Hospital da Cruz Vermelha tendo em 1971 sido transferida para o Hospital das Clínicas.
Em 1967 o Decreto Lei 252 extinguiu as cátedras e instituiu os Departamentos.
Em 1971 a Congregação da Faculdade de Medicina aprovou a nova divisão departamental, criando assim o Departamento do Aparelho Locomotor (ALO).
Em 1975 começou as aulas de Semiologia II Módulo Semiologia do Aparelho Locomotor.
Em 1976 iniciou-se o Internato de Clínica Ortopédica.
Em 1978 iniciou-se o Módulo de Traumatologia Ortopédica.
Em 1980 ocorreu a mudança do Departamento para a Faculdade de Medicina e foi criado o Serviço de Reumatologia e Fisioterapia do Hospital das Clínicas.
Em 1982 o ALO passou a ser responsável pelo ensino da disciplina Fundamentos de Ortopedia para o curso de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, da Escola de Educação Física.
Em 1986 foi criada a Residência Médica em Reumatologia.
Em 1994 foi criada a Disciplina Optativa de Ortopedia.
Ex-professores do Departamento
Professores | Situação | Professores | Situação |
Antonio César Mezênicio da Silveira | Aposentado em 2007 | José Henrique de Godoy da Mata Machado | Aposentado em 1984 |
Blair Ferreira | José Márcio Gonçalves de Souza | Aposentado em 1991 | |
Breno Silva Duarte | Lúcio Honório Carvalho Júnior | Aposentado em 2023 | |
César Luis Ferreira de Andrade Lima | Aposentado em 2008 | Luiz Garcia Pedrosa | Aposentado em 1986 |
Cândido Melo Leitão | Marco Antônio Parreiras | Aposentado em 2012 | |
Carlos Alberto Grossi | Falecido em 1973 | Marcus Valadares Guimarães | Docente de 1992 a 1993 |
Cristina Costa Duarte Lanna | Aposentada em 2024 | Mário Aurélio Pires | Falecido em 1976 |
David Corrêa Rabelo | Maurí Alves de Azevedo | Falecido em 2001 | |
Euler de Carvalho Guedes | Docente de 1976 | Nelson Baisi Cerqueira | Docente em 1972 |
Fernando A. Silva Lopes | Docente de 1989 a 1991 | Paulo Madureira de Pádua | Aposentado em 1995 |
Fernando Milton da Cunha | Aposentado em 2003 | Paulo Renato Denucci | Docente de 1976 a 1978 |
Francisco Carlos Salles Nogueira | Docente até 2014 | Pedro Drumond Sales e Silva | |
Geraldo Guimarães Gama | Tranferido (CLM)1972 | Renato Magalhães Freire | Docente de 1976 |
Gilberto Denoziro V. Silva | Docente de 1979 a 1988 | Sérgio Nogueira Drummond | Aposentado em 2005 |
Gustavo Alves de Mendonça | Aposentado em 1990 | Wagner Telhada Nascimento | Falecido em 1989 |
José Estanislau de Morais | Docente até 1972 | Wiel Almeida Benevides | Docente de 1992 a 1993 |