Blitz na Faculdade de Medicina informa sobre gagueira

O projeto de Extensão Fluex (Atuação Fonoaudiológica nos Transtornos da Fluência) irá promover uma blitz de informações sobre gagueira na próxima terça-feira, 22 de outubro. A data faz parte das ações pelo Dia Internacional de Atenção à Gagueira e ocorrerá das 12h às 17h no hall de entrada da Faculdade de Medicina, com vídeos e material impresso de orientação.

A gagueira é um distúrbio do desenvolvimento que tem origens multifatoriais. “Ainda não se sabe qual a causa, mas observamos que tem relação motora e genética”, explica a professora Denise Britto, coordenadora do Fluex. “Isso impacta muito na vida da pessoa. Nosso objetivo é levar informações para a população, já que quanto mais cedo se começar o tratamento, melhor é o resultado”, afirma a professora.

Apesar do senso comum creditar a dificuldade na fluência ao nervosismo, o distúrbio não é emocional. “As pessoas acham que ajudam quando pedem a pessoa com gagueira para se acalmar, como se ela estivesse nervosa. Na verdade, isso é o que mais atrapalha”, orienta Denise.

Prevalência

– A gagueira afeta de 4% a 5% das crianças. Muitas não seguem com o distúrbio na vida adulta, sendo a taxa de remissão próxima a 80%.

– Na idade adulta, a gagueira alcança 1% da população.

– O distúrbio afeta mais os meninos do que as meninas, em uma proporção de 3 para 1.

A gagueira não tem cura, mas o tratamento individualizado é fundamental. “O diagnóstico geralmente é feito com a análise padronizada de amostra de fala. Mais recentemente também estamos usando questionários de auto percepção. O tratamento é com fonoaudiólogos, que vão conscientizar a pessoa para trabalhar a modelagem da fluência e a modificação da fala”, detalha Denise. O caminho para os pais é procurar o centro de saúde mais próximo.

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