Celulites e estrias estão associadas ao aumento de peso
Saúde com Ciência apresenta série “Saúde & Estética”, com informações sobre celulites, estrias, verrugas, acne e herpes-zóster
28 de agosto de 2015
Saúde com Ciência apresenta série “Saúde & Estética”, com informações sobre celulites, estrias, verrugas, acne e herpes-zóster
Alguns as veem como vilãs da beleza exterior. Mas as celulites e estrias, que surgem principalmente nas mulheres, são características comuns e estão ligadas ao percentual de gordura presente no organismo de cada pessoa. Na medida em que esse percentual aumenta, as celulites ficam mais evidentes, por isso sua associação com a adolescência.
“Na adolescência, começamos a produzir determinados hormônios e a formar o corpo da mulher. Esse corpo tem um acúmulo de gordura característico, principalmente na região das nádegas. E onde tem acúmulo de gordura, tem celulite”, explica a dermatologista e professora da Faculdade de Medicina, Luciana Baptista.
Já as estrias, aquelas linhas vermelhas ou brancas que aparecem em diferentes regiões do corpo, estão relacionadas aos tecidos elástico e conjuntivo, localizados na segunda camada da pele. Por forças mecânicas ou hormonais, esses tecidos sofrem tensão e arrebentam as fibras, causando cicatrizes. Da mesma forma que a celulite, a estria costuma surgir durante a adolescência e na vida adulta, quando o corpo passa por mudanças significativas, como na gravidez ou quando temos um aumento de peso.
“É importante falar que elas são cicatrizes, para as pessoas entenderem que uma vez que você teve estria nunca mais você vai ficar livre dela. Os tratamentos servem apenas para as tornarem menos nítidas, mas não eliminá-las”, esclarece Luciana. O mesmo acontece em relação às celulites – os tratamentos servem para melhorar a estética da pele –, ou seja, em ambos os casos a prevenção é a melhor opção.
Como as celulites e estrias estão ligadas ao equilíbrio do peso, alimentação balanceada e prática de exercícios físicos são hábitos que contribuem diretamente para prevenir ou evitar o agravamento das mesmas. Caso as pessoas optem por procedimentos estéticos, como a drenagem linfática, Luciana Baptista recomenda sempre a orientação de um dermatologista, uma vez que esses tratamentos podem trazer riscos à saúde.
Autoestima
É natural o incômodo com determinadas características genéticas ou adquiridas, mas alguns indivíduos tendem a se preocupar mais do que outros. De acordo com o psiquiatra Rodrigo Nicolato, também professor da Faculdade, essa diferença ocorre porque algumas pessoas são mais vulneráveis em termos psicológicos. Adolescentes buscam o isolamento social por causa da acne, por exemplo, enquanto outros não se sentem “prejudicados”.
Essa preocupação exagerada pode refletir diretamente na qualidade de vida dessas pessoas, favorecendo o desenvolvimento de outros transtornos. “Uma alteração estética grave ou mediana, em uma pessoa vulnerável, pode evoluir para um transtorno ansioso ou depressivo”, afirma Nicolato. Nesses casos, é necessário recorrer a um suporte psicológico ou psiquiátrico, que, junto com o apoio familiar, irá contribuir para a superação de tais obstáculos.
Sobre o programa de rádio
O Saúde com Ciência, que apresenta a série “Saúde e Estética” entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro, é produzido pela Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. De segunda a sexta-feira às 5h, 8h e 18h, ouça o programa na rádio UFMG Educativa, 104,5 FM.
Ele também é veiculado em outras 161 emissoras de rádio, que estão inseridas nas macrorregiões de Minas Gerais e nos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Massachusetts, nos Estados Unidos.