Comportamentos saudáveis ajudam a evitar AVC


18 de janeiro de 2012


Casos de acidente vascular cerebral (AVC) constituem a segunda maior causa de morte no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Popularmente conhecido como derrame, o AVC pode ser evitado mantendo comportamentos saudáveis, como explica o neurologista e professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Antônio Lúcio Teixeira Junior.

O AVC é definido pela obstrução dos vasos sanguíneos cerebrais (isquemia) ou pelo seu rompimento (hemorragia). A isquemia é o tipo mais comum, representando cerca de 80% dos casos. Entre os grupos de risco estão hipertensos e diabéticos, mas é possível prevenir seguindo as orientações médicas e mantendo as doenças controladas.

O professor explica que, antes de quarenta anos, é pouco provável que aconteça um AVC. “A faixa etária na qual se percebe maior diagnóstico é a partir de cinquenta anos. O cigarro também eleva o risco, mas o principal fator é a idade”, alerta. Segundo ele, casos de jovens que sofrem um AVC geralmente estão associados ao desenvolvimento de outras doenças, embora existam exceções. “As pessoas estão ficando expostas a fatores de risco cada vez mais cedo”, esclarece.

Efeitos

O surgimento súbito de fraqueza em algum segmento corporal, como braço e perna, pode ser um indicador da ocorrência de AVC. “A dificuldade na fala, alterações visuais e da sensibilidade são sintomas que também podem auxiliar na identificação do AVC”, aponta Antônio Lúcio. O professor explica também que a recuperação depende de fatores como o local afetado e a rapidez do início do tratamento. “Em alguns casos, o processo pode ter uma melhora espontânea. O organismo pode se reorganizar, revertendo a situação por ele mesmo”, pontua.

É comum os indivíduos apresentarem sequelas motoras (movimento) e cognitivas (atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem) após sofreram AVC. O professor destaca ainda que aproximadamente 30% dos indivíduos desenvolvem depressão. “Além de representar uma perda para o indivíduo, pode afetar regiões cerebrais envolvidas na regulação do humor”, explica ele.