Conceito, pesquisa e implicações éticas das células-tronco é tema da TV UFMG


12 de agosto de 2019 - , , ,


A Lei de Biossegurança (Lei 11.105, de 24 de março de 2005) autoriza, com restrições, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro. Em maio de 2008, o Supremo Tribunal Federal considerou constitucional, depois de muitos debates, o artigo quinto da legislação, que trata do tema. 

Atualmente, vários pesquisadores do país, inclusive da UFMG, dedicam-se a pesquisas que buscam melhorar a qualidade de vida de pacientes acometidos pelas mais diversas doenças como o diabetes. Dezesseis milhões de brasileiros sofrem dessa patologia, segundo a Organização Mundial de Saúde. A epidemia atinge quase 10% da população adulta no Brasil. Desse total, mais de um terço terá feridas graves e estará sujeito à amputação dos membros inferiores (pernas, pés ou dedos).

Uma das possibilidades oferecidas para esse grupo é o transplante com células-tronco adultas retiradas do tecido adiposo abdominal do próprio paciente. Em junho, pesquisadores da Faculdade de Medicina, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e profissionais do Hospital Risoleta Neves, com o apoio do Hospital das Clínicas, realizaram, em caráter experimental, o primeiro procedimento desse tipo no Brasil. 

Esse caso ilustra a importância das células-tronco para a Medicina, mas ainda assim há um debate de implicações éticas em curso no Brasil que está longe de terminar e alcançar um consenso.

A TV UFMG produziu uma série de três vídeos sobre o tema. No primeiro, pesquisadores explicam o que são células-tronco e mostram um dos trabalhos de investigação realizado na instituição. Trata-se do desenvolvimento, pelo Laboratório de Angiogênese e Células-tronco (LanCet) do ICB, de terapias celulares para o tratamento de doenças vasculares.

O segundo vídeo aborda o primeiro transplante, realizado por pesquisadores e profissionais da UFMG, com células-tronco adultas retiradas do tecido adiposo abdominal.

No terceiro vídeo, Mariana Lara, professora de Direito Civil da Faculdade de Direito, fala sobre as implicações éticas e jurídicas que ainda persistem no debate sobre o tema.

Equipe: Renato Temponi (produção); Soraya Fideles (reportagem e produção); Antônio Soares e Samuel do Vale (imagens); Pablo Nogueira (edição de conteúdo) 


(Centro de Comunicação Social da UFMG)