Cooperativa de laboratórios da UFMG vence Prêmio José Costa

Rede, que inclui o laboratório do Nupad, foi reconhecida por sua atuação na testagem da covid-19


03 de novembro de 2020 - , , , , , ,


Reitora Sandra Goulart Almeida gravou um vídeo para a cerimônia de premiação:
Reitora Sandra Goulart Almeida gravou vídeo para a cerimônia de premiação: significado especialReprodução

Programa Cooperativa de Laboratórios (CooLabs), criado pela UFMG para sistematizar o atendimento às demandas da sociedade por meio de sua estrutura de pesquisa, recebeu, nessa quinta-feira, dia 29, o prêmio José Costa, promovido pelo jornal Diário do Comércio em parceria com a Fundação Dom Cabral. Lançado em maio deste ano, o programa foi reconhecido na categoria Qualidade da Inovação e Produção Tecnológica por conta, principalmente, da atuação da rede de laboratórios da UFMG no diagnóstico da covid-19.

Em vídeo gravado para a cerimônia de premiação, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida agradeceu ao Diário do Comércio e à Fundação Dom Cabral e disse que o reconhecimento tem “significado especial para a UFMG neste momento difícil de pandemia”. Ela compartilhou o prêmio com a Pró-reitoria de Pesquisa, responsável pela coordenação do Programa, e com os pesquisadores dos sete laboratórios que realizam os testes da covid-19. “A UFMG é uma instituição de qualidade, de relevância, que trabalha por uma sociedade melhor, mais acolhedora e focada no bem comum”, disse ela.

O pró-reitor de Pesquisa, Mario Montenegro Campos, também se mostrou feliz com o reconhecimento, mas ressaltou que uma iniciativa como o Coolabs tem o “objetivo primeiro e único de contribuir para o enfrentamento da pandemia. O objetivo da UFMG sempre foi o de ajudar a sociedade a mitigar seus grandes problemas”.

CooLabs atua em áreas nas quais a UFMG mantém laboratórios e capacidade de pesquisa avançada em interface com a sociedade e o setor produtivo. “Com o programa, laboratórios de diferentes unidades podem se organizar para prestar serviços de forma articulada, racionalizando esforços e recursos”, afirma o professor. A iniciativa está estruturada em quatro vertentes de atendimento: testes para laboratórios externos, para hospitais, para instituições privadas e para hospitais públicos e órgãos governamentais.

Enquanto a UFMG oferece sua infraestrutura física e científica para a realização dos trabalhos, a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) é responsável pela administração do programa, por meio da captação dos contratos com os clientes, gestão financeira, processamento das compras e apoio logístico. Os laboratórios da UFMG realizam a parte analítica (teste). As etapas pré-analítica (coleta) e pós-analítica (laudo) são de responsabilidade das instituições que demandam os serviços.

A origem

A iniciativa nasceu da necessidade de ampliar a capacidade de testagem para a covid-19 em Minas Gerais. Com apoio financeiro da Secretaria de Ensino Superior (Sesu) do Ministério da Educação, essa estrutura começou a ganhar corpo em março, logo no início da pandemia, e dois meses depois transformou-se no CooLabs Covid-19, consórcio formado por sete laboratórios instalados no Parque Tecnológico da UFMG, no ICB, nas faculdades de Medicina (através do Nupad) e de Farmácia e na Escola de Veterinária, que se uniram para atender à demanda da Secretaria de Saúde de Minas Gerais.

Por meio da rede, a UFMG tem hoje o status de laboratório parceiro da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Graças a essa experiência, a Universidade assumiu a coordenação do projeto de laboratórios de campanha do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que reúne 13 instituições, também com o objetivo de ampliar a testagem da covid-19.  

Do início de março até esta quinta-feira, 29 de outubro, a rede realizou 56,2 mil testes de diagnóstico do tipo RT-PCR. O consórcio da UFMG é responsável por um terço das testagens em Minas Gerais.

Pesquisadora no CT-Vacinas, um dos sete laboratórios que integram a rede
Pesquisadora no CT Vacinas, um dos sete laboratórios que integram a rede CooLabs Covid-19. Foto: Marcílio Lana / UFMG

O Prêmio

Criado em 2007, o Prêmio José Costa homenageia o fundador do Diário do Comércio, um dos mais tradicionais veículos especializados em economia do país. O objetivo da premiação é resgatar os valores do empresário e jornalista, que sempre utilizou seu jornal como instrumento de mobilização para o bem comum e tornou-se referência na defesa do desenvolvimento socioeconômico de Minas Gerais.

O Prêmio reconhece indivíduos, empresas, órgãos ou iniciativas públicas e ONGs que contribuem para a construção de um mundo melhor, com práticas e ações alinhadas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), instituídos pela ONU em 2015.

Além da categoria Qualidade da Inovação e Produção Tecnológica, na qual a UFMG foi premiada, a iniciativa contempla outras sete áreas: Qualidade da Cidadania, Qualidade da Democracia, Qualidade de Vida, Qualidade Ambiental, Qualidade da Cultura e Educação, Geração e Distribuição de Riquezas e Produção Responsável e Competitividade. Os critérios adotados são os de efetividade, inovação, impacto, replicabilidade e relevância no cenário de pandemia.

Mais informações estão disponíveis na página do Prêmio José Costa.


(Centro de Comunicação da UFMG)