Cortejo e debate no Campus propõem combate ao racismo*


04 de maio de 2017


*atualizada às 10h de 5 de maio de 2017

No dia 15 de maio, o Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob-MG) promove, no campus Saúde da UFMG, atividades que marcam a descomemoração do 13 de maio, data historicamente relacionada à Abolição da Escravatura. A ação, realizada pelo Grupo Técnico Racismo Institucional, busca dar enfoque ao enfrentamento e combate ao racismo.

A partir das 13h30, o Grupo Bombos de Iroko apresentará um cortejo de maracatu e será entregue material informativo sobre doença falciforme e racismo institucional. A programação segue com roda de conversa no Diretório Acadêmico Alfredo Balena (DAAB), do curso de Medicina da UFMG, com o mesmo tema, a partir das 14h. Participarão da conversa Ana Paula Pinheiro (Linha de Cuidados/Cehmob-MG), Maria Zenó (Dreminas) e Dóris Faustino (Programa Ações Afirmativas na UFMG).

A ação é gratuita e aberta ao público, e integra uma programação maior, proposta pelo Grupo Técnico, que vai debater ainda em outras datas os temas “O que é ser negro no Brasil” e “Racismo institucional como determinante social na saúde”. As atividades acontecem no Hemocentro de Belo Horizonte (HBH) e são abertas a todos os parceiros do Cehmob-MG, como o Nupad da Faculdade de Medicina da UFMGFundação Hemominas, Associação de Pessoas com Doença Falciforme e Talassemia de Minas Gerais (Dreminas) e projetos especiais do Cehmob-MG.

Descomemoração e racismo
Segundo a coordenadora do Grupo, Janaína Neres, descomemoração é um termo criado pelo movimento social negro para causar reflexões sobre o 13 de maio. “Popularmente, tem-se ideia da abolição associada à liberdade, o que não condiz com a realidade, pois tal feito somente ocorreu por pressões daquele momento histórico, ligadas à expansão do capitalismo e à necessidade de mais consumidores. Negros e negras foram libertos sem nenhuma garantia de dignidade ou ação promovida pelo Estado”, afirma.

“O racismo, já presente no tratamento para com as necessidades dos negros naquela época, ainda tem seus reflexos nos dias atuais. Por esse motivo, o mês de maio simboliza a necessidade de enfrentar e combater todas as formas de racismo presentes na nossa estrutura social”, acrescenta o estudante de Psicologia e também integrante do Grupo, Vinícius Theófilo.

Grupo Técnico Racismo Institucional
O Grupo faz parte do Cehmob-MG como uma das iniciativas de trabalho que propõe discutir e elaborar estratégias de enfrentamento e combate ao racismo institucional nos serviços de saúde e na sociedade.

 

Programação

05/05/2017 – Roda de conversa
Tema: O que é ser Negro no Brasil

Palestrante: Ricardo Dias Castro (Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão Conexão de Saberes/FAFICH/UFMG)

Local: Auditório do Hemocentro de Belo Horizonte – HBH (Alameda Ezequiel Dias, 321 – Santa Efigênia)

Horário: 14h às 16h

08/05/2017 – Roda de Conversa
Tema: Racismo Institucional – Determinante Social na Saúde

Palestrantes: Yone Gonzaga (Secretaria de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania de Minas Gerais) e Maria Zenó (Dreminas)

Local: Auditório do Hemocentro de Belo Horizonte – HBH (Alameda Ezequiel Dias, 321 – Santa Efigênia)

Horário: 10h às 12h

15/05/2017 – Cortejo de Maracatu (Grupo Bombos de Iroko) e Roda de Conversa
Tema: Doença Falciforme e Racismo Institucional

Cortejo: a partir das 13h30 no Campus Saúde/UFMG com entrega de material informativo.

Roda de Conversa: das 14h às 16h30 no Diretório Acadêmico Alfredo Balena (DAAB) da Faculdade de Medicina da UFMG.

Palestrantes: Ana Paula Pinheiro (Linha de Cuidados/Cehmob-MG), Maria Zenó (Dreminas) e Dóris Faustino (Programa Ações Afirmativas na UFMG).

 

Redação: com Rafaella Arruda, jornalista do Nupad