Curso de Ginecologia e Obstetrícia é realizado com a utilização de corpos do “Vida após a vida”

Na última sexta-feira, 27 de outubro, a Faculdade de Medicina deu lugar a um treinamento para médicos e residentes ginecologistas no procedimento de cirurgia pélvica e vaginal reconstrutiva. O curso utilizou corpos do projeto Vida Após a Vida, conservados pelo processo de fresh frozen (cadáveres congelados frescos).

O treinamento foi coordenado por seis instrutores: a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia (GOB), Marilene Monteiro (UFMG); Luiz Gustavo Brito e Cássio Riccetto (UNICAMP); Marair Sartori e Carlos Delroy (UNIFESP);  Raquel Lima (CMMG); e a doutora Virginia Roncatti (Hospital Higienópolis).

Segundo o professor do Departamento de Anatomia e Imagem (IMA) e coordenador do Vida Após a Vida, Kennedy Martinez, as práticas cirúrgicas precisam ser desempenhadas com o corpo mais bem conservado possível: “A UFMG é a única universidade pública a fazer esse procedimento, que é muito importante para os médicos e residentes entenderem melhor os processos da cirurgia e com um corpo nesse tipo de conservação auxilia no aprendizado”, afirma.  

Também participaram alunos da graduação integrantes da Liga Acadêmica de Doação de Órgãos e Corpos (LIADOC).

O fresh frozen cadáver é uma tecnologia utilizada para manter a conservação dos corpos para uso da ciência, sem a utilização de produtos químicos. Ao contrário da conservação em formol, que é o método mais utilizado, os corpos, nesse caso, são rapidamente congelados após o óbito, garantindo maior integridade dos aspectos biológicos do cadáver para pesquisas e aulas. 

Vida após a vida

O projeto de extensão tem a intenção de cadastrar pessoas interessadas em doar o corpo para estudo na instituição. No ponto de vista da saúde, não existe nenhum pré-requisito, mas uma entrevista é realizada com o doador para saber os motivos pelo qual ele decidiu doar o corpo.