Curso de Tecnologia em Radiologia ganha novo laboratório


21 de março de 2011


Laboratório permitirá reconstruir imagens de exames

Cada vez mais firmes: assim são os passos de quem faz o primeiro aniversário. Recebendo agora a sua terceira turma e entrando no segundo ano de existência, o curso de Tecnologia em Radiologia está preparado para dar um salto de qualidade. A partir do próximo mês, os alunos terão um reforço de peso para dar prosseguimento à trajetória acadêmica. Trata-se do recém-criado Laboratório de Processamento de Imagens.

O novo espaço, que estará à disposição dos alunos em meados de abril, conta com equipamentos e softwares para realizar reconstruções de imagens que possibilitem aumentar a especificidade do diagnóstico. Em outras palavras, significa dizer que o resultado de exames como tomografia ou ressonância magnética pode ser submetido a uso de filtros, inversão de eixos, observação tridimensional, constituição de mapas, etc.

Com essa tecnologia, melhora-se a visualização de determinados fenômenos detectados pelos exames, facilitando os diagnósticos. Ao mesmo tempo, permite descartar exames mais complexos. “Realizar um cateterismo das artérias coronárias é extremamente invasivo, além de ter um alto custo. As imagens de uma tomografia multislice e de uma ressonância magnética do coração podem ser reconstruídas para detectar as placas coronarianas sem recorrer a uma intervenção como o cateterismo”, exemplifica Marcelo Mamede, coordenador do curso de Tecnologia em Radiologia.

Os novos equipamentos serão utilizados exclusivamente no ensino. O laboratório não fará diagnósticos para atendimento externo. “A intenção é criar um diferencial para nossos alunos de Tecnologia em Radiologia. O curso sobreviveria sem esse laboratório, mas sem dúvida a existência dele coloca a UFMG na frente de outras universidades”, esclarece o coordenador.

Interdisciplinaridade
Mas nem só alunos de Tecnologia em Radiologia têm o que comemorar. Segundo Marcelo Mamede, é possível que o laboratório sirva para promover um campo de cooperação interdisciplinar, por exemplo, com estudantes de Ciências da Computação. “Podemos abrir espaço para que eles desenvolvam no nosso laboratório softwares que ajudem nossos alunos a aprimorar o trabalho com as imagens”, sugere.

O Laboratório de Processamento de Imagens ocupará as salas 189 e 191, no primeiro andar da Faculdade de Medicina. Os equipamentos custaram R$180 mil foram adquiridos com verbas do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).