Especialista alerta que vacina é principal defesa contra o sarampo

Surtos de sarampo atentam para a importância da vacinação em todo território brasileiro

Até a última semana, mais de 2 mil casos de sarampo foram confirmados no país, segundo dados do Ministério da Saúde. Outros 7.966 permanecem em investigação. Apesar de 95,3% da população brasileira estar vacinada contra a doença, a porcentagem não imune ainda é considerada alta e contribui para que o vírus continue circulando no país. “A vacinação é  muito importante para prevenir a doença”, alerta a professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, Regina Lunardi Rocha.

Foto: Carol Morena

A doença de natureza viral é de fácil transmissão. O contágio pode ocorrer por meio de gotículas de secreções da boca e do nariz, que são expelidas no ar ao respirar, falar ou tossir. Os principais sintomas são febre alta, conjuntivite, tosse e manchas brancas na mucosa bucal (koplik), que antecedem as manchas vermelhas em todo o corpo, também conhecidas como exantemas. “O sarampo é uma doença potencialmente grave, porque pode se complicar com pneumonia e encefalite”, ressalta a professora.

De acordo com o Ministério da Saúde, casos importados do sarampo deflagraram em importante surtos, uma vez que genótipo do vírus (D8) que circula no Brasil é o mesmo que circula na Venezuela, país que enfrenta um surto da doença desde 2017. Por aqui, os surtos se deram, principalmente, na região Norte, nos estados do Amazonas e de Roraima. “Isso porque encontrou um população sem a defesa da vacina”, explica a professora Regina Lunardi Rocha. Ela alerta que o aumento das taxas de vacinação é importante para garantir o controle da doença.

Vacinação

Embora a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo tenha terminado no dia 31 de agosto, a vacina permanece disponível, gratuitamente, nos postos de saúde.