Homenagem a Antônio Radicchi reforça necessidade de prevenção da violência


17 de novembro de 2017


O professor Antônio Leite Radicchi, assassinado nessa segunda-feira (13) foi homenageado durante a abertura do “2º Fórum de Atenção, educação e promoção de saúde”, realizado no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG, na tarde de hoje.

Professora Elza Machado de Melo afirmou que continuará a luta do professor Radichi. Foto: Carol Morena

A colcha de crachás confeccionada pelas mulheres do projeto Para Elas foi colocada sobre a mesa e também foram distribuídas duas fitas aos presentes, uma preta e uma branca. Ao ser chamada para compor a mesa, a professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade e organizadora do evento, Elza Machado de Melo, agradeceu, emocionada, e explicou que a fita preta representa o luto pelo professor Antônio e a branca a necessidade de continuar lutando pela paz.

“Não queremos revanche, mas transformar o país, para que coisas assim não aconteçam novamente. Continuaremos sempre na luta, que foi o legado que Antônio nos deixou” reforça”, ressaltou Elza.

Participaram da abertura do evento o diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, Tarcizo Nunes; a esposa de Radicchi, Maria Inês Barreiros Sena, professora da Faculdade de Odontologia da UFMG; Denise Oliveira, pró-reitora de Pós-Graduação da UFMG; Thereza de Lamare, do Ministério da Saúde; e Luciana Gouvêa Viana, superintendente do Hospital das Clínicas da UFMG.

A professora Luciana ressaltou que é preciso um enfrentamento pacífico da violência, citando o hino nacional como inspiração. “Verás que o filho teu não foge a luta. Nossa luta é pela cidadania”, afirmou. Completando, a professora Denise mostrou as fitas no braço, dizendo que foi proposital a escolha de onde amarrá-las. “A fita preta está no pulso esquerdo, do lado do coração. A branca na mão direita, que luta pela paz”, explicou. “A dor tem motivo e nós vamos fazer isso ser o motivo: para que lutemos por esse país, pela promoção da saúde e prevenção da violência”, completou.

A abertura ainda contou com o coral do Departamento de Edificações e Estradas (DEER) que cantou músicas de compositores mineiros. A última canção apresentada foi Anel Mágico, de Marcus Viana: “A vida é tão breve e há tempo por fazer. Porque então matar e morrer? Crianças da terra herdarão a paz”.

2º Fórum de Atenção, educação e promoção de saúde

A programação do Fórum continuou pela tarde desta sexta-feira, 17, incluindo os trabalhos promovidos pelo Programa de Pós-Graduação de Promoção de Saúde e Prevenção da Violência e do Programa Para Elas.

O evento é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação de Promoção de Saúde e Prevenção da Violência, pelo Projeto Para Elas em parceria com o Nescon, com o objetivo de promover debates sobre o desenvolvimento de projetos de intervenção realizados por estes.

Fotos: Carol Morena