Medicina premia melhor pesquisa da pós-graduação


05 de dezembro de 2011


A tese de doutorado “Condições psicossociais adversas no trabalho, transtorno mental, qualidade de vida e auto-avaliação de saúde entre trabalhadores de uma instituição financeira”, defendida pelo médico Luiz Sérgio Silva junto ao programa de pós-graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto, foi a vencedora do Prêmio Baeta Vianna, entregue nesta segunda-feira, 5, no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG. A pesquisa foi orientada pela professora do departamento de Medicina Preventiva e Social, Sandhi Barreto.

O coordenador do CPG, Manoel Otávio; a orientadora, Sandhi Barreto; o médico Luiz Sérgio Silva e o pró-reitor de pós-graduação da UFMG, Ricardo Santiago Gomez.

Em sua segunda edição, o prêmio Baeta Vianna valoriza o trabalho de pós-graduação que mais se destacou por sua originalidade e relevância social e científica, dentre outros critérios. Foi concedida também menção honrosa à tese “Papel de receptores do tipo toll e de mediadores inflamatórios no modelo experimental de encefalite herpética”, defendida junto ao programa de pós-graduação em Infectologia e Medicina Tropical por Márcia de Carvalho Vilela, sob orientação do professor Antônio Lúcio Teixeira Júnior, da Clínica Médica.

Além da premiação, a cerimônia marcou a diplomação de mestres e doutores que concluíram pós-graduação na Faculdade de Medicina da UFMG no ano de 2010. Ao todo, 122 dissertações de mestrado e 64 teses de doutorado foram defendidas na unidade no ano passado.

Desafios da pesquisa científica

O coordenador do Centro de Pós-Graduação da Faculdade de Medicina, professor Manoel Otávio da Costa Rocha, atribuiu a realização da cerimônia a um novo panorama da pesquisa científica brasileira. “Apesar de todos os entraves, o país tem conseguido formar mestres e doutores com qualidade. Saímos de um cenário periférico para já sermos destaque em termos de publicação científica”, afirmou.

O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig, José Policarpo de Abreu

Convidado para a solenidade, o diretor de ciência, tecnologia e inovação da Fapemig, José Policarpo de Abreu, destacou os desafios da pesquisa científica no país em seu discurso. Falando para uma plateia que incluía também o pró-reitor de pós-graduação da UFMG, professor Ricardo Santiago Gomes, o diretor da Faculdade de Medicina, Francisco Penna, e o vice-diretor Tarcizo Nunes, José Policarpo enfatizou a necessidade de mudanças no modelo da pós-graduação nacional. Para ele, é preciso formar doutores para atuar também fora das universidades. “O Brasil produz conhecimento de alta qualidade, mas ainda está muito aquém quando o assunto é inovação. Precisamos fazer a ciência chegar ao usuário final”, ressalta.

 

(Atualizada às 18h02, em 05/12/11)