Médicos formados no exterior realizam prova de revalidação de diploma


28 de julho de 2014


Nos dias 26 e 27 de julho, médicos que se formaram em outros países, mas que querem exercer a profissão no Brasil, realizaram a  revalidação de diploma da UFMG. A Universidade recebeu mais de 800 candidatos, de diversas nacionalidades.

Esta etapa foi composta por provas teóricas de conhecimentos gerais, nas áreas de clínica médica, pediatria, cirurgia, tocoginecologia e saúde pública. Ao todo, foram 140 questões de múltipla escolha e cinco questões discursivas. No sábado, a prova teve início às 18h, com quatro horas de duração. Já no domingo, a avaliação começou às 14h e durou cinco horas. Dos 867 inscritos, 9% não compareceram para realizar a prova.

Segundo o presidente da Comissão Permanente de Diploma Médico Obtido no Estrangeiro (CPRDM), professor André Cabral, “há décadas a UFMG tem um processo legítimo e respeitado de revalidação, sempre buscando aprimorar os processos de inscrição e seleção, exigindo que o candidato esteja realmente apto a exercer a profissão”. Ele conta ainda que há todo um cuidado em propor questões que sejam bastante relevantes na prática médica, e que todas elas sejam tecnicamente referenciadas de modo que a prova atenda aos critérios de fidedignidade, validade e relevância social.

Os países de origem dos diplomas com o maior número de inscritos foram Bolívia (50%), Cuba (15%), Paraguai (10%), Argentina (7%) e Peru (6%). O médico Samuel Prada, 26 anos, é boliviano e formou-se em seu país. Morando no estado do Rio de Janeiro, veio a Belo Horizonte para tentar revalidar seu diploma. “Achei a prova muito bem feita e organizada. Não tive nenhuma dificuldade para responder as questões”, comenta.

Participaram da avaliação pessoas de 27 nacionalidades, sendo que 55% são brasileiros e 25% bolivianos. O médico Felix Barros, 32 anos, é brasileiro e mora no Mato Grosso do Sul, mas concluiu a graduação em medicina no Paraguai. “Não tive dificuldades com a prova, achei tranquila, acessível, perguntas precisas, tempo adequado e gostei da atenção de toda a equipe”, avalia. Entre os candidatos, 65% tem até dois anos de formado e 40% também participaram do processo de revalidação em 2013.

Todos os estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, têm participantes realizando a prova. A maioria dos participantes reside em São Paulo (27%), como a brasileira Marcela Mendonza, de 33 anos. Ela obteve seu diploma de médica após cursar a graduação na Bolívia. “Achei a prova muito complicada e tive dificuldade para responder alguns temas mais atualizados”, comenta.

Segundo o presidente da CPRDM, professor André Cabral, a avaliação transcorreu sem problemas e os professores observadores receberam elogios de todo o processo. “A comissão agradece a todos os servidores, docentes e estagiários pelos trabalhos realizados”, comenta. Ainda segundo ele, o gabarito oficial da prova foi divulgado na noite deste domingo e encaminhado ao e-mail de todos os participantes. Já a correção das provas abertas teve início na manhã desta segunda-feira.