Nota de Falecimento: Iracema Mathilde Baccarini


26 de agosto de 2010


Comunicamos com pesar o falecimento da professora Iracema Mathilde Baccarini, aposentada do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, presidente da Associação do Professor Sênior da Faculdade de Medicina da UFMG.

O velório e sepultamento serão no Cemitério do Bonfim, hoje, 26 de agosto de 2010, às 17h.

Nascida em junho de 1912, em Lorena, SP, professora Baccarini se formou em Medicina, pela UFMG, em 1942. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, foi pioneira em várias ocasiões. Isso aliado à sua dedicação acadêmica e científica, a e sua personalidade determinada, é considerada um marco na busca e consolidação da figura feminina, não somente no campo da medicina.

Além de ser a primeira mulher a integrar a Congregação e a primeira a defender tese de doutorado nesta Unidade, foi a primeira cirurgiã de São João D’El Rei e também uma das primeiras ginecologistas do sexo feminino de Belo Horizonte e de Minas Gerais.

Em 1988 tomou posse na Academia Mineira de Medicina, cadeira n° 48, de onde era membro ativa, assim como também do Instituto Mineiro de História da Medicina.

Dentre outras láureas e reconhecimentos, em 2001 foi patrona da “1ª turma de Medicina do Século XXI”, turma Iracema Baccarini, 110ª da história do curso. Em 2002 recebeu a Medalha JK, outorgada pelo governo mineiro com o objetivo de premiar o mérito cívico de personalidades e entidades por “serviços de excepcional relevância à coletividade” e “para o crescimento das instituições”.

Dentre suas várias iniciativas em prol da Faculdade, que tanto valorizava, sempre, idealizou e promoveu os recursos necessários para que fosse erigido o “Monumento ao Médico do Interior”, localizado em frente à Biblioteca J. Baeta Vianna, e o busto de Hipócrates, que homenageia os fundadores da Faculdade, instalado na praça em frente ao prédio sede.

“Muita coisa só se percebe quando se tem o privilégio de conviver com Iracema Baccarini. Ela é um verdadeiro relicário do nosso passado”, afirma o professor emérito da Faculdade de Medicina da UFMG Wilson Mayrink, no verso do livro autobiográfico da amiga médica: “Reminiscências e discriminação no exercício da Medicina”.