Homenagem a Sérgio Miranda


26 de novembro de 2012


*Marcos Borato Viana
Professor Emérito da Faculdade de Medicina da UFMG

Consternado, recebi hoje pela manhã a notícia do falecimento do ex-deputado por Minas Gerais, Sérgio Miranda, vitimado por carcinoma pancreático. Estive com ele e sua família, em Brasília, há 20 dias. Conheço-o desde a década de 1980 quando entrei para a militância do Partido Comunista do Brasil, durante a ditadura militar. Foram décadas de convivência amiga e de ensinamentos políticos que ele irradiou para muitas pessoas.

Quando fui vice-reitor da UFMG (2002-2006), tivemos seu inestimável apoio para a reforma do Hospital Borges da Costa, por intermédio de frente parlamentar ampla que destinou mais de dez milhões de reais para tal empreitada. Seu posicionamento firme na questão da reforma previdenciária foi marco importante para todos os democratas do País.

Outro traço marcante de sua personalidade era seu afeto indisfarçável pelas pessoas com quem convivia. Seu amor à poesia corria paralelo a esse afeto e sabia, do coração, muitos poemas que declamava para as pessoas mais próximas.

Sérgio Miranda era professor de Matemática e nasceu em Belém do Pará. Foi deputado federal por Minas Gerais por quatro mandatos (1993 a 2006) e sempre foi indicado como um dos mais influentes da Câmara pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Destacou-se principalmente pelo seu trabalho nas áreas orçamentária, previdência, direitos sociais e trabalhistas. Ele também foi vereador em Belo Horizonte entre 1988 e 1992.

O velório do ex-deputado está sendo realizado até às 22 horas no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília. Em seguida, o corpo será velado na capela nº 6 do Cemitério Campo da Esperança, também em Brasília. O sepultamento ocorrerá nesta terça-feira, dia 27, às 11 horas.

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