O impacto do uso de telas na saúde mental
Estudo da Faculdade de Medicina da UFMG aponta que o uso exagerado de telas como smartphones e tablets pode estar relacionado a depressão e baixa auto estima.
23 de outubro de 2023 - saúde mental, smartphone, telas
* Elen Batista
A utilização de telas já se tornou essencial para a vida contemporânea. Seja no trabalho ou como forma de entretenimento, smartphones, tablets e computadores são utilizados diariamente. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG alerta para os perigos do uso exagerado dessas telas, uma vez que esse exagero pode afetar negativamente a saúde mental dos usuários.
Para falar um pouco sobre o estudo, o Saúde com Ciência desta semana conversou com a terapeuta ocupacional Renata Maria Silva Santos, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da UFMG. Segundo ela, o smartphone foi o dispositivo que mais apresentou chances de desenvolvimento de uso problemático em todas as fases da vida. “É muito estranho quando a gente começa a perceber idosos apegados aos seus smartphones, uma vez que não são nativos digitais”, pontua.
A pesquisadora chama atenção para a importância do desenvolvimento de métodos que diminuam o uso excessivo das telas. “Não é só sobre limitar o tempo de tela, mas também enriquecer as atividades fora dela”, afirma. Além disso, também é essencial se atentar ao tipo de conteúdo consumido. Aqueles que não possuem nenhum tipo de mecanismo para exercitar a mente causaram mais impactos na saúde mental do grupo estudado.
Saúde com Ciência
No programa Saúde com Ciência desta semana, abordamos os impactos do uso de telas na saúde mental ao longo de todo o ciclo vital.
O Saúde com Ciência é produzido pelo Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. Ouça na Rádio UFMG Educativa (104,5 FM) de segunda a sexta-feira, às 5h, 8h e 18h. Também é possível ouvir o programa pelas principais plataformas de podcasts.
* Elen Batista – estagiária de Jornalismo
Edição: Alexandre Bueno