Pandemia mudou a forma de fazer pesquisa na UFMG

Episódio do programa de rádio Outra estação mostra estudos de campo que foram suspensos. Pesquisadores passaram a recorrer mais a banco de dados e a atividades online


09 de julho de 2021 - , , , , ,


Do uso frequente de máscaras às novas dinâmicas de trabalho, é difícil pensar em algo que não mudou em tempos de pandemia. Com a ciência não foi diferente. O desenvolvimento de vacinas, tratamentos e remédios para a covid-19 foi devidamente priorizado, bem como estudos que analisam os efeitos da crise sanitária mundial nas mais diversas áreas. 

Mas como ficaram as pesquisas em campos do conhecimento sem relação direta com o novo coronavírus? Para responder a essa pergunta, o episódio 70 do programa Outra estação, da Rádio UFMG Educativa, apresenta depoimentos de docentes e pós-graduandos da UFMG de diferentes áreas. 

Com a suspensão de parte dos trabalhos experimentais, estudantes de mestrado e doutorado tiveram que alterar seus projetos de pesquisa. Uma alternativa foi trabalhar com análises a partir de bancos de dados. Em meio a tudo isso, persiste a incerteza sobre prorrogações de prazos e de bolsas, assim como a escassez de recursos, agravada pela alta do dólar.  

O professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Unaí Tupinambás
Unaí Tupinambás, coordenador do PrEP 15-19. Faculdade de Medicina/UFMG

Neste episódio, foram ouvidos os docentes Glória Franco e Luiz Rosa, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Bya Braga e Eugênio Tadeu, da Escola de Belas Artes (EBA), Elias Facury, da Escola de Veterinária, Jonathas Bittencourt, do Instituto de Geociências (IGC), Maximiliano Soares Pinto, do Instituto de Ciências Agrárias (ICA), em Montes Claros, Unaí Tupinambás, da Faculdade de Medicina, e o pró-reitor de Pesquisa, Mário Montenegro Campos. Foram entrevistadas, ainda, Patrícia Lavall, mestranda do Programa de Pós-graduação em Artes, e Romilda Aparecida Lopes, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Estudos do Lazer.

Ouça o episódio “As novas formas de fazer pesquisas durante a pandemia”

Pesquisas experimentais e atendimento à população

A primeira parte do programa é dedicada a pesquisas das áreas da saúde e das ciências biológicas que não guardam relação direta com a covid-19. 

O professor Luiz Rosa, do ICB, fala sobre os impedimentos para a realização das expedições do projeto Mycoantar à Antártica. A professora Glória Franco, também do ICB, revela que passou a dedicar mais tempo à bioinformática, área de interface entre a informática e a biologia. Por sua vez, Unaí Tupinambás, da Faculdade de Medicina, conta que a pandemia prejudicou a prestação de serviços à população, como ocorreu com o projeto PrEP-15-19, que acompanha jovens com idade de 15 a 19 anos que fazem a profilaxia pré-exposição ao HIV. 

No primeiro bloco também são citadas pesquisas que foram adiadas ou alteradas no Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem da UFMG e em programas de pós-graduação da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO). 

Confira a matéria completa no portal da UFMG.


(Centro de Comunicação da UFMG)