Pesquisa da UFMG quer conhecer a percepção das mulheres sobre a assistência obstétrica

Nesta sexta-feira, 28 de maio, é comemorado o Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres e Dia Nacional de Combate à Mortalidade Materna; estudo da UFMG investiga o atendimento às gestantes de Belo Horizonte.


28 de maio de 2021 - ,


Foto: Hospital Sofia Feldman/ Reprodução.

A pesquisa Percepção das mulheres sobre a assistência obstétrica e suas consequências para a saúde da mulher e da criança em Belo Horizonte quer conhecer a perspectiva das mulheres sobre a assistência obstétrica ao pré-natal, parto, pós-parto e situações de perdas gestacionais em Belo Horizonte. O estudo é iniciativa do Mestrado Profissional de Promoção da Saúde e Prevenção da Violência do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG em parceria com o Departamento de Demografia e o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar/UFMG). 

Neste 28 de maio, em que é comemorado o Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres e Dia Nacional de Combate à Mortalidade Materna, um estudo dessa natureza torna-se essencial. As interessadas em contribuir com a pesquisa podem participar por meio de um questionário anônimo, virtual, autoaplicável com duração de aproximadamente 20 minutos. São elegíveis para responder à pesquisa mulheres que receberam assistência obstétrica no período entre 1º de janeiro de 2018 e 30 de abril de 2021. Os resultados preliminares serão divulgados em setembro de 2021. 

Mortalidade materna

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mortalidade materna é uma tragédia evitável em 92% das vezes. No Brasil, aproximadamente 67% das mortes maternas ocorrem por causas obstétricas diretas, ou seja, complicações durante a gravidez, parto ou puerpério decorrentes da qualidade insuficiente da assistência, com intervenções desnecessárias, omissões ou negligência, tratamento inadequado e problemas estruturais do sistema de saúde.

A razão de morte materna no Brasil de 60 mortes em cada 100.000 nascidos vivos é três vezes maior do que o índice recomendado pela OMS. A estimativa é de aumento desse índice em decorrência do impacto da covid-19 na saúde das gestantes e mulheres no pós-parto, com o registro de 420 mortes maternas por essa causa em 2020 e 650 até maio de 2021. Esforços devem ser intensificados para o cumprimento das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Organizações das Nações Unidas de redução da mortalidade materna, um dos principais indicadores de saúde e das iniquidades de gênero. Neste sentido, a escuta e a participação das mulheres pode contribuir para a melhoria da qualidade da atenção em saúde materna.  

Mais informações sobre a pesquisa podem ser acessadas em: 
https://tinyurl.com/atendimentoesaudemulher.


Centro de Comunicação da UFMG