Portas Abertas analisa dados sobre percepção dos direitos das pessoas com deficiência na Faculdade

Respostas da comunidade acadêmica ajudam na análise situacional da Faculdade de Medicina e a pensar em ações para torná-la mais inclusiva.


29 de julho de 2021 - , , ,


O projeto de extensão Portas Abertas já trabalha na análise dos resultados do questionário, aplicado no último mês, sobre o entendimento da comunidade da Faculdade de Medicina da UFMG a respeito dos direitos das pessoas com deficiência, bem como sua execução pela Instituição. A grande maioria daqueles que responderam conhece a legislação e gostaria de ter mais informações sobre o assunto. Além disso concorda que há barreiras para a plena participação dessas pessoas na sociedade por conta das deficiências, seja física, intelectual ou sensorial, e mais de 60% apontou que a Universidade tem trabalhado para implementar a legislação, mas precisa melhorar.

“O instrumento confirmou a nossa expectativa de que o assunto é conhecido pela maioria das pessoas, embora fique claro que será preciso mais esclarecimento e informação da comunidade”, comenta a coordenadora do projeto, Taciana de Figueiredo Soares, professora do Departamento de Propedêutica Complementar. “Há desinformação, por exemplo, sobre quais situações são consideradas deficiência física e são contempladas pela legislação, ou se há melhorias na estrutura física da nossa Faculdade voltadas para a inclusão; entre outras”, completa.

“O objetivo é informar a comunidade sobre os dados parciais encontrados com o uso do instrumento de avalição situacional, aproveitando a oportunidade para agradecer a todos que dedicaram um pouco do seu tempo para ajudar a Instituição a entender como ela percebe a questão das pessoas com deficiência (PCD). Entendemos que essa atividade e seus desdobramentos poderão contribuir para melhorar o acolhimento e a permanência dos nossos alunos com deficiência, e consequentemente, na sua formação futura”

A coordenadora relata que os resultados ainda estão em análise e, através deles, pretende-se organizar palestras, oficinas e rodas de conversas sobre o tema com a comunidade da Faculdade de Medicina como forma de colaborar para a melhoria do acolhimento e da permanência do aluno na graduação.

O projeto pretende usar dos dados e ampliar a análise usando estratégias como debate e discussão da legislação, além de tutoria para os alunos com deficiência, a fim de reconhecer o que pode ser feito para impactar de formar positiva no aprendizado e, consequentemente, na formação para a profissão escolhida por esses estudantes

“Atualmente, e dentro do proposto, estamos disponíveis para ouvir os alunos com deficiência, bem como para colaborar no encaminhamento de eventuais solicitações aos órgãos competentes. As solicitações, perguntas, sugestões, bem como críticas podem ser encaminhadas para o e-mail do projeto, ou pelo nosso Instagram”, informa.

O contato com o projeto Portas Abertas pode ser feito:
Por e-mail – projetoportasabertaspcd@gmail.com
Por Instagram – portasabertas_ufmg

O questionário

Essa foi a primeira estratégia do projeto de extensão “Acolhimento do estudante com deficiência pela comunidade acadêmica da Faculdade de Medicina: como podemos melhorar?”, nomeado como Portas Abertas.

O questionário foi validado à comunidade acadêmica da Faculdade de Medicina da UFMG e ficou disponível no período de 31 de maio a 21 de junho de 2021, para que alunos dos três cursos de graduação e de pós-graduação, servidores docentes e técnicos de educação respondessem.

O instrumento foi usado para avaliar o grau de conhecimento da Lei de Cotas para PCD; percepção das condições de acessibilidade nos cenários; percepção da implementação das políticas de permanência para PCD; e grau de preparo no acolhimento por parte dos diferentes atores.

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