Professora Maila de Castro participa de debate sobre desastre de Mariana


27 de novembro de 2018


Evento acontece na noite de hoje e conta com representantes do poder público e atingidos pelo desastre em Mariana

Paula Geralda Alves, moradora de Bento Rodrigues, conta em documentário de Walter Salles como foi o dia do rompimento da barragem de Mariana. Foto: Reprodução/ Vídeos Filmes e GloboNews

Nesta terça-feira, 27 de novembro, a GloboNews realiza o evento “Crime Ambiental em Mariana: E Agora?”, que conta com a exibição do documentário “Vozes de Paracatu e Bento”, com direção do cineasta Walter Salles, além do debate com poder público e atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana. Entre os especialistas presentes no painel, está a professora do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFMG, Maila de Castro.

O evento será realizado às 19h, no Auditório Liberdade da PUC Minas, campus da Rua Sergipe, no bairro Funcionários, em Belo Horizonte. A participação é gratuita, mas é necessário se inscrever pela plataforma Sympla (clique aqui). O G1 também fará transmissão do painel, a partir das 20h.

A professora é uma das coordenadoras da Pesquisa sobre a Saúde Mental das Famílias Atingidas pelo Rompimento da Barragem do Fundão em Mariana (Prismma), apresentado neste ano pela Faculdade, e destaca a importância da exibição do documentário e o retorno ao debate sobre as vítimas do rompimento da Barragem do Fundão. “O documentário retrata a realidade das vítimas, o drama em que vivem, e é importante retomar essa discussão, pois os problemas, como a saúde mental dessa população, continuem persistindo mesmo após anos do ocorrido”, afirma.

O documentário

“Vozes de Paracatu e Bento” é fruto de um curta de Walter Salles chamado “A terra treme”, de 2017. O filme já tratava do desastre de Mariana, mas na forma de uma ficção protagonizada por Maeve Jinkings.  Durante a filmagem, realizada na região ao longo do ano passado, Salles conta que os relatos dos habitantes locais fizeram o documentário “se impor” pela necessidade.

“Achamos que o que estávamos ouvindo não deveria se perder. Aliás, essa é uma das razões da existência do cinema: deixar um testemunho de seu tempo. Você olha um documentário feito numa época e diz: fomos assim. A maioria das imagens da vida antes do desastre são registros feitos pelos ex-moradores, não arquivo tradicional”, diz o cineasta.

Com redação do G1