A melhor forma de prever o futuro é criá-lo. Você construí-lo
Um modesto professor de oftalmologia da Faculdade de Medicina, primeiro lugar nos concursos para se tornar professor adjunto e, quase vinte anos depois, titular, cargo máximo da carreira que deixa Márcio Nehemy muito honrado, principalmente por ser da Universidade Federal de Minas Gerais.
Nehemy lembra seus feitos ao se apresentar, mas diz que nunca houve a intenção de ser o primeiro lugar, inclusive na graduação. “Era fazer aquilo bem feito e, no final do curso, você se surpreende que, como consequência de uma atitude de comprometimento, envolvimento e respeito, isso resulta em uma boa pontuação”. Na visão do professor, uma vez escolhida a profissão a seguir, essa dedicação deve ser uma busca constante, como no caso da Medicina em que ele trata da vida e saúde das pessoas de modo geral.
A trajetória bem-sucedida se deve aos alunos e professores, especialmente o professor Hilton Rocha, além de profissionais da área médica. Ainda menino em Guaxupé-MG, cidade natal, chamava sua atenção a abnegação dos médicos conterrâneos, desprovidos da sofisticação tecnológica atualmente disponível. De acordo com as condições da época, o pequeno Nehemy ficava impressionado com o atendimento “fantástico” que recebia.
A Medicina deu tudo que Márcio Nehemy tem, ele afirma. Com as pesquisas, as viagens e convites que vão além do que a profissão pode oferecer no aspecto econômico, uma razão a mais para se entusiasmar e admirá-la. Sobre o futuro, o professor avalia que cada um constrói o seu a partir das metas estabelecidas no ano, com novos estudos ou orientações de alunos em determinada direção, ao mesmo tempo buscando melhorias em outros sentidos. “E isso vai numa roda viva que, confesso, não dá para parar pra pensar muito nisso”.
Texto, produção e apresentação: Lucas Rodrigues
Fotos: Carol Morena
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