Mariângela Cherchiglia

Eu gosto muito da discussão política, de como construir uma sociedade mais justa. As desigualdades e a violência contra a mulher, contra os mais fracos sempre me incomodaram

Foi por causa da mãe que a professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social, Mariangela Leal Cherchiglia, ingressou na faculdade. Era ela quem incentiva a pequena Mariangela e os outros cinco filhos a estudar. “A gente se dedicava ao estudo, mesmo quando ajudávamos no comércio [da família]. Minha mãe incentivava a estudar e, quando não queríamos, ela nos fazia estudar assim mesmo”.

O resultado é que os seis filhos ingressaram na UFMG: dois cursaram engenharia, um estudou odontologia, outra escolheu farmácia e Mariangela e uma irmã optaram na medicina. “É um motivo de orgulho e gratidão ao ensino público, gratuito e de qualidade”.

A escolha de Mariangela levou em conta o grande interesse da professora pelas questões sociais. “Eu gosto muito da discussão política, de como construir uma sociedade mais justa. As desigualdades e a violência contra a mulher, contra os mais fracos sempre me incomodaram. Agora, a medicina está no campo social e traz um leque de oportunidades para várias coisas”. Apesar de gostar de realizar os atendimentos clínicos, não foi nessa área que a professora se encontrou. “Eu não gostava de dar plantão, tenho aflição da urgência. Aí eu pensei: pesquisa! É uma coisa que me permite trabalhar não só a clínica, mas trabalhar a pesquisa com essa perspectiva”.

A luta pela melhoria da saúde pública e a paixão pela pesquisa são temas dessa história.

Texto, produção e apresentação: Maria Dulce Miranda
Fotos: Carol Morena

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