Zilma Reis

Um dos grandes desafios de fazer ciência na atualidade é sair da nossa área de conforto

Um longo percurso por várias ciências, dentre elas a engenharia, que culminou na satisfação e paixão pela medicina e docência nesta universidade. E que influenciou quem é neste momento a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia e coordenadora do Centro de Informática em Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG, Zilma Reis. Ser pesquisadora em informação é na sua definição o fator diferencial, porque “registrar bem saúde também cura”.

Hoje, muitos desafios que a saúde enfrenta são antigos, mas as soluções precisam ser inovadoras. E onde buscar essa inovação? Para Zilma, saindo um pouco do dia a dia, em outras ciências e parcerias: o grupo de pesquisa coordenado pela professora é interdisciplinar e conta com profissionais da física, computação, matemática, enfermagem, biomedicina. Daí vem seu estímulo, uma vez que as diferentes ideias, experiências e ciências se completam nessa busca pelas soluções inovadoras.

No fim de 2014, Zilma Reis e seu grupo de pesquisa tiveram uma ideia inédita para uma chamada da Fundação Bill e Melinda Gates, que tinha como objetivo identificar por meio da detecção da idade gestacional a prematuridade, principal causa de mortalidade infantil até o quinto ano de vida no mundo. O projeto Skinage, ao identificar o problema iluminando a pele do bebê, foi premiado internacionalmente e está sendo preparado para o mercado – a professora lembra orgulhosa que a tecnologia nasceu em Belo Horizonte, nesta universidade.

Os resultados práticos dessa ideia, que pode, quem sabe, preservar o potencial de um futuro pesquisador, a importância das outras ciências no currículo atual do curso de Medicina e formação de novos profissionais, a família de professores referência em ensino e cultura, e as fake news relacionadas à saúde são assuntos desta “história de pesquisadora”.

Texto, produção e apresentação: Lucas Rodrigues
Fotos: Carol Morena

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