Sem câncer e com a estima elevada
Com a chegada do Outubro Rosa, programa de rádio revela cenário positivo no tratamento do câncer de mama, com uma preocupação que vai além da cura
25 de setembro de 2014
Com a chegada do Outubro Rosa, programa de rádio revela cenário positivo no tratamento do câncer de mama, com uma preocupação que vai além da cura
O mês de outubro se aproxima e, junto com ele, uma campanha de prevenção contra o câncer de mama: o Outubro Rosa. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 57 mil novos casos são esperados no Brasil só em 2014 – o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais recorrente no mundo e o que mais acomete as mulheres.
Por isso, vale ficar atento a algumas medidas preventivas, principalmente se você é mulher e completou 35 anos de idade. “Mulheres acima de 35, 40 anos, devem fazer consultas ginecológicas regulares, que incluam a apalpação das mamas e axilas”, afirma a professora do Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal da Faculdade de Medicina, Marina Andrade de Brot.
Essa apalpação, no entanto, pode não diagnosticar a doença em fases mais precoces, em que as chances de cura são maiores. “Quando o nódulo já está palpável, provavelmente o câncer vai estar na fase de carcinoma invasor, não vai estar mais em uma fase precoce do câncer de mama”, explica Marina. Segundo ela, a melhor forma de rastrear a doença precocemente é através da mamografia, feita por um aparelho de raio-x exclusivo para exames nessa região.
“O ideal é que nós detectemos essas lesões ainda numa fase muito pequena. Se for assim, você consegue curar as pacientes em mais de 90% dos casos”, reforça o oncologista e professor do Departamento de Clínica Médica, André Murad. O especialista também comenta avanços recentes no tratamento da doença, lembrando que, cada vez mais, a estética é levada em conta: “Hoje, além de existir mais cura, há um efeito antiestético muito menor. A gente tem conseguido curar com menos transtornos para a paciente”.
Segundo Murad, essa melhora no tratamento está ligada ao fato de o procedimento cirúrgico atual ser menos agressivo. “Normalmente, ao invés de removermos toda a mama, removemos só um quarto dela. Isso também ajuda a preservar a estima da mulher”, completa.
Tema da semana
Principais responsáveis pelo surgimento de tumores, os maus hábitos de vida também são discutidos neste Saúde com Ciência. Confira a programação:
Tipos de câncer de mama – segunda-feira (29/09/2014)
Fatores de risco – terça-feira (30/09/2014)
Diagnóstico precoce – quarta-feira (01/10/2014)
Sintomas e Prevenção – quinta-feira (02/10/2014)
Tratamento e Avanços – sexta-feira (03/10/2014)
Sobre o programa de rádio
O Saúde com Ciência é produzido pela Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. De segunda a sexta-feira, às 5h, 8h e 18h05, ouça o programa na rádio UFMG Educativa, 104,5 FM. Ele ainda é veiculado em 65 emissoras de rádio de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Estados Unidos. Também é possível conferir as edições pelo site do Saúde com Ciência.
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