Semana de saúde mental da UFMG aborda democracia
12 de maio de 2023 - Evento, saúde mental, Semana de Saúde Mental e Inclusão Social, UFMG
![Arquivo Semana de Saúde Mental e Inclusão Social | UFMG O desfile do dia da luta antimanicomial é uma das atividades em direitos humanos com a participação da UFMG.](https://ufmg.br/thumbor/LdxgYY5-AG4ek4F_OQfD5C6JR8I=/0x0:621x415/712x474/https://ufmg.br/storage/2/e/4/3/2e434c871eefab47b0d261f839eecf2a_16334532975054_1924653900.jpg)
De 16 a 19 de maio, será realizada a 11ª Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG, com diversificadas atividades em diferentes espaços dos campi Pampulha e Saúde, em Belo Horizonte. O evento é um convite à reflexão sobre “a transversalidade do tema”, como se explica no seu site, bem como sobre “a importância de promovermos a agenda de luta e defesa da saúde mental em uma perspectiva de fortalecimento dos direitos humanos”. Neste ano, o enfoque recai sobre as relações entre saúde mental e democracia, tema que atravessa toda a programação, composta de atividades propostas pela própria comunidade da UFMG.
“Essa é uma relação que diz de muitas coisas. Antes de mais nada, diz que a saúde mental está no âmbito dos direitos; que, para pensar políticas de saúde mental, é importante haver processos participativos e democráticos; que, para que a saúde mental possa acontecer, é importante que seus processos se deem dentro de um marco de liberdade e de autonomia dos sujeitos”, explica a professora Claudia Mayorga, pró-reitora de Extensão da UFMG. “Diz, sobretudo, que a saúde mental, em termos de política pública, precisa do SUS (Sistema Único de Saúde) e de um SUS que seja forte; diz que ela precisa se articular com outras políticas públicas da democracia, como as dos Direitos Humanos.”
![Foca Lisboa / UFMG Claudia Mayorga:](https://ufmg.br/thumbor/sh3cXzBG9GPYmxOYHHIf4CRIlro=/42x0:2007x3010/352x540/https://ufmg.br/storage/8/9/7/a/897a574e07450c13d5453b5d6750f307_15894932000525_1115051596.jpg)
Claudia Mayorga situa a temática no contexto dos últimos quatro anos de retrocessos vividos pelo país no campo da garantia de direitos. “Voltou a ideia manicomial, voltou a ideia de patologização dos sujeitos de sofrimento, voltou a ideia de atendimento em saúde mental que segue a lógica privada. Houve a desqualificação de experiências sociais que estavam, nos últimos tempos, conferindo o status de sujeitos de direitos a essas pessoas, o status de sujeitos reconhecidos como cidadãos. Nós sofremos muito com tantas violações de direitos”, demarca.
Professora do Departamento de Psicologia, Claudia Mayorga lembra que a democracia é um processo em construção contínua, que busca promover o cumprimento dos direitos, sempre em diálogo com a população. “De modo geral, esse é o pano de fundo de toda a reflexão da Semana”, demarca.
Centro de Comunicação da UFMG