Seminário debate a reestrutura da Atenção Primária após conferência de Astana e a pandemia de covid


01 de junho de 2022 - , , , ,


Na próxima sexta-feira, 3 de junho, às 13h, o Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG promove um debate online com o tema “Atenção Primária à Saúde: para onde vamos depois de Astana e covid-19?”. O evento, que faz parte dos Seminários de Saúde Coletiva do Programa, é gratuito, aberto a todos, sem inscrição prévia e conta com a participação do professor James Macinko, da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA).

O encontro será via zoom (clica aqui para acessar o link).

A professora Alaneir de Fatima Dos Santos, explica que a partir da conferência de Astana houve reflexão sobre a estruturação da Atenção Primária (APS) no mundo e as diretrizes internacionais da OMS, que passou a propor a universalidade para sistemas de saúde públicos e privados. Por outro lado, com a pandemia de covid também foi necessário reestruturar a APS, incluindo realização de consultas remotas para o acompanhamento de pacientes e os novos espaços específicos para atendimento dos pacientes, tais mudanças que “podem repercutir de forma definitiva na APS”. “Portanto, temos uma Atenção Primária com características públicas no plano internacional fortemente ameaçada, mas também abrindo grandes possibilidades de sua reestruturação”, pontua.

“E são estes os dois temas do debate: como a APS reagiu nos diferentes países na pandemia de covid e qual o impacto das resoluções de Astana na estruturação da APS no plano internacional. Como estes aspectos podem incidir na realidade brasileira?”

Conta a professora Alaneir de Fatima Dos Santos, coordenadora da linha de pesquisa de APS no Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública.

De acordo com ela, esse debate também é estratégico para o SUS. “Temos uma forte APS no Brasil, cobrindo mais de 134 milhões de brasileiros, mas que vem sofrendo cada vez mais ataques nos últimos tempos”, informa a professora, que lembra a importância desse atendimento durante a pandemia.

“A importância deste debate para a Atenção Básica brasileira nos possibilita refletir sobre como podemos reestruturá-la nos próximos períodos, considerando a experiência internacional. E a presença de James Macinko, que é um dos pesquisadores centrais da APS no mundo, que conhece a realidade da APS no Brasil, com certeza contribuirá muito nesta reflexão”, destaca Alaneir.

Palestrante

James Macinko é professor titular nos Departamentos de Política e Gestão de Saúde e Ciências da Saúde Comunitária da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). Ele tem mais de 25 anos de experiência em pesquisa sobre políticas e serviços de saúde nos níveis local, estadual, nacional e global. É reconhecido como um dos principais estudiosos na organização, financiamento, medição e impacto da Atenção Primária à Saúde.

Macinko colaborou em mais de 150 publicações que foram amplamente citadas na literatura revisada por pares e relatórios e planos estratégicos de organizações e fundações internacionais e legislação nacional de vários países. Macinko recebeu seu doutorado pela Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health e foi bolsista da Fulbright na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, no Rio de Janeiro.