Trabalho sobre obesidade é destaque na França
13 de junho de 2013
Trabalho sobre obesidade infantil desenvolvido no curso de graduação de Medicina da UFMG foi destaque na conferência Sustainable Diet and Food Security (Dieta Sustentável e Segurança alimentar), realizada em Lille, na França, nos dias 28 e 29 de maio.
A revisão bibliográfica “Childhood obesity and nutrition transition” (Obesidade infantil e transição nutricional) foi apresentada pela estudante Gisele Novais Matias, que está em intercâmbio pelo programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal. O trabalho também teve a participação do estudante Felipe Carvalho Garcia, do 10º período, e foi coordenado pela professora Valéria de Melo, do Departamento de Pediatria.
Segundo a professora, o trabalho será publicado pela Revista da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e também despertou o interesse de pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos e Nutrição, da Espanha.
Obesidade no Brasil
Dentre os dados apresentados no trabalho estão números do IBGE, de 2008 e 2009, que mostram: entre crianças de 5 e 9 anos de idade, há uma taxa de 16,6% para obesidade masculina e 11,8% para obesidade feminina; já na população entre 10 e 19 anos, a taxa é de 5,8% para o sexo masculino e 4% para o sexo feminino. Os números são semelhantes aos de países como Estados Unidos, onde a obesidade já é considerada um sério problema de saúde pública.
“A obesidade infantil adianta doenças comuns à vida adulta, como colesterol elevado, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. E existe ainda a tendência que o número de crianças com sobrepeso continue a crescer. Com maior poder de compra e uma vida cada vez mais corrida, a alimentação do brasileiro sofreu mudanças drásticas, e os hábitos alimentares dos pais são refletidos nas crianças”, explica a professora Valéria de Melo .
A estudante Gisele Novais Matias explica porque resolveu se dedicar ao tema. “No posto de saúde, vimos muitos casos de obesidade infantil e vimos também que as crianças vêm se alimentando de maneira cada vez pior”.
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