UFMG e Unilab assinam acordo de cooperação


18 de dezembro de 2014


Em solenidade na manhã desta quarta-feira, dia 17 de dezembro, na Reitoria da UFMG, câmpus Pampulha, foi firmado protocolo de intenções entre a UFMG e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). O acordo, que prevê parcerias em atividades de ensino, pesquisa e extensão, foi assinado pela vice-reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida, e pela reitora da Unilab, Nilma Lino Gomes. Também esteve presente o presidente da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (Aulp) e reitor da Universidade de Lúrio (Unilurio), em Moçambique, Jorge Ferrão.

“Essa iniciativa tem significado especial, pois traz também a possibilidade de triangulação envolvendo parcerias que as duas instituições já mantêm com a Unilurio”, afirmou Sandra Almeida. Segundo ela, esse modelo de cooperação triangular possui efeito multiplicador muito importante. “Hoje, a UFMG conta com um Centro de Estudos Africanos e nossa ideia é expandir nossas parcerias com os países da África”, defendeu.

Com três anos de atividades acadêmicas, a Unilab foi criada para ampliar a cooperação internacional entre o Brasil e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em especial os africanos. A instituição abriga 608 estudantes estrangeiros em seus câmpus no interior do Ceará e da Bahia.

Nilma Lino Gomes, que é professora licenciada da Faculdade de Educação da UFMG, destacou o significado da parceria. “Esse acordo, para nós, é histórico. Sou filha desta casa e fui cedida como reitora pró-tempore da Unilab. Para as duas instituições, é uma possibilidade de troca e de aprendizagem mútua: nós, com características de internacionalização e interiorização, e a UFMG, com seu know-how avançado em todas as áreas de produção de conhecimento”, disse.

Nilma Gomes lembrou que a Unilab já nasceu com acordos de cooperação firmados com todas as universidades dos países africanos de língua portuguesa. “Temos como missão promover a mobilidade internacional entre docentes, discentes e servidores técnico-administrativos dessas universidades”, explicou. Atualmente, segundo Nilma, três funcionárias da Unilurio, que passaram período na Unilab, estão na UFMG para aprendizado nas áreas administrativa e de relações internacionais. “Isso prova que nosso protocolo de intenções já está em ação”, afirmou.

A vice-reitora da UFMG lembrou que esse tipo de parceria é uma responsabilidade social de toda instituição pública e destacou a possibilidade de aprendizado advinda do convênio. “É nosso dever ajudar, de forma solidária, na construção dessa nova universidade, apoiar suas iniciativas e contribuir no que for preciso para a formação de recursos humanos, para o intercâmbio de alunos e de professores, para o trabalho de pesquisa conjunta, para a elaboração de projetos e de programas de graduação e pós-graduação”, salientou Sandra Almeida.

Ela comentou ainda que a UFMG tem muito a aprender. “É um novo contexto, uma instituição com perfil diferente da nossa. Queremos ajudar com nossa experiência e tradição, mas também aprender com a Unilab, que já nasce em contexto de internacionalização solidária”, disse.

Com Moçambique
O professor Jorge Ferrão destacou que Brasil e Moçambique mantêm relação intercultural muito forte, que antecede a cooperação científica que tem sido desenvolvida com a UFMG nos últimos dois anos. “Temos hoje pelo menos sete projetos de mobilidade entre a Unilurio e a UFMG, com destaque para as áreas de ciências da saúde e engenharia. Temos recebido muitos estudantes da UFMG e vamos começar a enviar, a partir de 2015, alguns estudantes moçambicanos para Belo Horizonte. A UFMG é hoje a nossa maior parceira”, afirmou.

Segundo Ferrão, as duas universidades vão desenvolver, de forma conjunta, um programa de combate à malária, doença que mais causa mortes em Moçambique. “Esse programa terá um impacto extraordinário. Espero que essa cooperação continue”, finalizou.

Redação: Cedecom/UFMG