UFMG Pesquisas: conheça estudos que contribuem para o enfrentamento da pandemia

Podcast reúne produções científicas da UFMG contra a Covid-19


09 de agosto de 2021 - , , , ,


A ciência se mostrou cada vez mais necessária e urgente no combate à pandemia de covid-19. Na UFMG não foi diferente e, por isso, centenas de pesquisas foram desenvolvidas na tentativa de compreender impactos deste momento em diferentes setores da sociedade. Professores, pesquisadores, estudantes e colaboradores da Instituição persistem em análises clínicas e sociais que podem contribuir, principalmente, para o controle da doença no país. No podcast “UFMG pesquisas: a ciência contra a covid-19, do Saúde com Ciência, autores responsáveis por quatro das principais pesquisas desenvolvidas na universidade explicam os motivos, objetivos e metodologias que os levaram a encontrar resultados promissores para toda a comunidade.

Spintec

Para abrir o podcast, o professor do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e pesquisador do Centro de Pesquisa em Biotecnologia (CT-Vacinas UFMG), Flávio da Fonseca, detalha a criação da vacina contra a covid-19, a Spintec, que teve pedido de testes em humanos protocolado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A produção do imunizante é resultado de um trabalho colaborativo entre a UFMG e a Fiocruz, e tem como grande financiador o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. 

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Anticorpos contra a covid

Além deste trabalho, a UFMG e a Faculdade de Medicina se destaca com a pesquisa coordenada pelo professor da Instituição e imunologista, Jorge Pinto. Ele é responsável por estudo sobre a eficácia de anticorpos monoclonais (mAbs) em tratamentos contra o coronavírus. A pesquisa, conhecida como Activ-2, já está em fase de testes em voluntários.

Os mAbs atuam bloqueando a ligação do vírus ao receptor celular. E já receberam aprovação de uso emergencial pelas agências regulatórias (FDA, EMEA), para uso em pacientes de alto risco na fase inicial da doença (não hospitalizados). No laboratório, os anticorpos passam por processos de purificação e expansão e quando aplicados, conseguem aderir à espícula da superfície do vírus que causa o Covid-19. Com isso, impedem que o vírus entre nas células e as infecte.

Esse avanço é importante principalmente para pessoas com comorbidades que têm risco aumentado de evoluir para formas graves da Covid-19. Isso porque pode funcionar como tratamento para prevenir o aparecimento da doença e sua progressão.

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Crianças e a covid

No âmbito infanto-juvenil, a professora Titular do Departamento de Pediatria da Faculdade, Ana Cristina Simões é uma das coordenadoras do projeto que buscou identificar o perfil de crianças e adolescentes internados por complicações da doença em 2020.

A pesquisa foi publicada na revista The Lancet Child and Adolescent Health. Entre os principais achados, estão fatores como a vulnerabilidade social e menor acesso à saúde pesaram tanto quanto comorbidades para o pior prognóstico das crianças brasileiras quando comparadas aos estudos publicados na literatura internacional (7,6% de mortalidade no Brasil contra 1% em estudo feito com mesmo grupo no Reino Unido).

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Idosos e solidão

Por encerrar o podcast, a professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina, Juliana Torres, traz as novidades de seu compromisso, junto a outros pesquisadores, em identificar os impactos da solidão na vida dos idosos durante o período de isolamento e distanciamento social.

Os resultados surpreenderam: além de encontrarem uma taxa menor nos relatos gerais de solidão durante a pandemia, também relacionaram o sentimento com a desconexão, seja a falta de contato presencial ou virtual, identificando potencial benefício das ligações telefônicas e conversas por redes sociais, por exemplo.

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Saiba mais no Saúde com Ciência

programa é produzido pelo Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. Ouça na Rádio UFMG Educativa (104,5 FM) de segunda a quinta-feira, às 5h, 8h e 18h. Também é possível ouvir o programa pelo serviço de streaming Spotify.

*Maria Beatriz Aquino – estagiária de Jornalismo l Edição: Karla Scarmigliat

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